Belford Roxo faz “pente fino” para ajustar as contas

Meta é tirar mil ‘fantasmas” da folha de pagamento

Demonizado pelas medidas tomadas nos últimos dias em relação aos servidores municipais, o prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (foto) abriu o verbo em reunião com um grupo de profissionais da Educação e garantiu que o que está sendo feito são correções para acabar com distorções salariais e privilégios que beneficiam a poucos e prejudica a maioria. Segundo o prefeito – que pediu que os funcionários não façam greve – quem trabalha e não se beneficiou de incorporações ilegais não tem o que temer, pois receberá o que for devido. “O que estamos cortando é o que está errado. Vocês acham justo alguém receber sem trabalhar, se beneficiar de incorporações falsas? É nisso que estamos dando fim”, disse o prefeito, citando exemplos de salário de até R$ 15 mil.

De acordo com prefeito, a greve anunciada pelos servidores da rede municipal de ensino não é legítima porque não há salário em atraso. “Os professores foram os únicos a receber os atrasados de uma vez só. O que está pendente são parcelas do décimo terceiro, assim mesmo porque está judicializado. Os salários estão em dia, então não há necessidade de greve e já estamos tomando as medidas legais”, afirmou.

Ainda segundo o prefeito, já foram descobertas na Educação pelo menos 600 funcionários efetivos que não trabalham e todos deverão ser demitidos e no total, incluindo outras categorias, esse número pode chegar a mil. “Na Guarda Municipal tinha uns 140 que só assinavam ponto. Acabamos com isso também. Se não tomarmos as medidas que estão sendo adotadas daqui a pouco não teremos como pagar a ninguém. É isso queremos evitar. O que identificamos de errado estamos tirando”, completou.

Na reunião o prefeito pediu ainda que os servidores presentes entendessem que o município não é só Educação, que existem outros setores e que o dinheiro repassado pelo governo federal ao setor de Educação não é só para pagar salários. “O que Belford Roxo recebe hoje do Fundeb não é suficiente para cobrir a folha e todos os meses temos de cobrir a diferença. Os ajustes são necessários e não há para onde correr”, finalizou.