Anderson Torres tinha proposta para intervir no resultado das eleições

Sugere rascunho de decreto presidencial para intervenção no TSE

● Elizeu Pires

Anderson Torres se comportava como ministro de Bolsonaro e não de Estado – Foto: Cristiano Mariz/O Globo

Já em maus lençóis por ter desmontado a estrutura da segurança pública do Distrito Federal que tinha funcionado a contento na posse do presidente Lula, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres se complicou ainda mais e terá muito que explicar à Justiça, que já decretou sua prisão. Esperado para esta sexta-feira (13), quando deverá se entregar à Polícia Federal, Torres tinha pronto o rascunho de um decreto presidencial através do qual o então presidente Jair Bolsonaro decretaria estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abrindo o caminho para o governo interferir no resultado das eleições.

O documento foi apreendido numa operação da Polícia Federal na casa de Anderson, realizada na terça-feira (10). O rascunho estava num dos armários da residência. Acredita-se que o decreto foi preparado depois da divulgação do resultado do segundo turno.

Segundo a Folha de São Paulo – que antecipou a informação – o objetivo era apurar um suposto abuso de poder, sob o argumento do “restabelecimento imediato da lisura e correção da eleição de 2022”.

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