● Elizeu Pires

Servidores efetivos e ocupantes de cargos comissionados, além dos aposentados e pensionistas, não têm dia certo para receber salários desde que o prefeito Washington Reis assumiu o governo, em janeiro de 2017. Saiu Washington, entrou o tio Wilson, e o que era incerto agora é não sabido, pois, segundo o próprio sucessor, o sobrinho deixou os cofres vazios, embora só em transferências constitucionais – fora os R$ 600 milhões recebidos pelo município pela venda da Cedae – entrou nas contas da municipalidade o total de R$ 727,1 milhões, sendo cerca de R$ 380 milhões referentes aos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Município mais rico da Baixada Fluminense, Duque de Caxias é divulgado pelo ex-prefeito como um exemplo de gestão pública, mas a realidade, aos olhos de quem acompanha a situação de perto, é bem diferente. Boa parte dos funcionários ainda não recebeu os vencimentos de dezembro, muito menos o décimo terceiro. Vazias também estão as contas bancárias dos trabalhadores terceirizados, pois as empresas prestadoras de serviços sofrem com faturas atrasadas.
“Não sabemos como faremos para continuar operando. As coisas estão muito difíceis por aqui”, diz o representante de uma empresa que ainda não conseguiu fechar as contas do ano passado.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Duque de Caxias.
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