Mantida a prisão de Anderson Torres

Ministro Alexandre de Moraes rejeitou recurso da defesa

● Elizeu Pires

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres permanecerá em prisão preventiva. Decisão neste sentido foi tomada hoje (1) pelo  ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou um recurso apresentado pela defesa de Torres, que por pouco mais de uma semana foi Secretário de Segurança Pública no Distrito Federal.

Suspeito de omissão no comando da segurança em Brasília quando ocorreram atos golpistas de 8 de janeiro, Anderson Torres teve a situação agravada depois que agentes da Polícia Federal encontraram a minuta de um documento, através do qual se pretendia decretar intervenção no Tribunal Superior Eleitoral, com o objetivo de mudar o resultado das eleições e manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder.

Desde a prisão que o ex-ministro vem tentando se desvencilhar dos atos golpistas, mas a Procuradoria-Geral da República aontou “indícios consistentes” ele, citado, inclsusive, “condutas omissivas”.

Em sua decisão o ministro Alexandre de Moraes cita que os elementos de prova “indicam que Anderson Gustavo Torres teria descumprido, no mínimo mediante omissão, os deveres do cargo de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal”, e que, em relação à minuta do decreto golpista “ao contrário do que o investigado já tentou justificar, não se trata de documento que seria jogado fora, estando, ao revés, muito bem guardado em uma pasta do governo federal e junto a outros itens de especial singularidade, como fotos de família e imagem religiosa”, afirmou o órgão ao STF.

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.