● Elizeu Pires
O grupo que hoje comanda o setor de saúde de Nova Iguaçu parece ter decidido realizar de uma tacada só o desejo há tanto acalentando de entregar ao controle das unidades de atendimento médico às organizações sociais, entidades ditas como filantrópicas, mas que tem faturado alto no estado do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que ocupam espaços no noticiário, por conta de denúncias de irregularidades e investigações dos Ministério Público estadual e federal, e acumulam reclamações na Justiça do Trabalho.
Vinte e quatro hora após oficializar o Instituto de Desenvolvimento e Ensino e Assistência à Saúde (Ideas), como responsável pela administração do Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, o secretário municipal de Saúde Luiz Carlos Nobre Cavalcanti – indicado pelo deputado Luiz Antônio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho – sacramentou mais dois contratos, desta vez terceirizando as gestões de três UPAs e da Maternidade Mariana Bulhões, elevando os gastos a R$ 217,4 milhões. Considerando que os contratos firmados sob alegação de emergência são por apenas 180 dias, as organizações sociais poderão custar aos cofres da municipalidade R$ 434,8 milhões por ano.
Com autonomia de gestão dos recursos destinados ao setor, verbas que transferidas diretamente ao Fundo Municipal de Saúde (FMS), a Secretaria Municipal de Saúde homologou de ontem para hoje (14), a contratação do Instituto Ideas para administrar a Maternidade Mariana Bulhões durante seis meses, pelo valor global de R$ 46.892.574,90.
Já a administração das Unidades de Saúde 24 horas, Moacyr de Carvalho, Gisele Palhares e Comendador Soares foram entregues ao controle do Instituto de Medicina e Projeto (IMP), pelo total de R$ 32.584.141,20.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Nova Iguaçu.
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