Vereador de Rio das Ostras é preso em operação do MP que investiga fraude em licitação na área da saúde

● Elizeu Pires

Filiado ao PV, o vereador Derlan foi preso em casa nesta quarta-feira

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou uma operação nesta quarta-feira (5) nos municípios de Rio das Ostras, Búzios, São Pedro da Aldeia e Niterói, na qual foi preso o vereador Vanderlan Moraes da Hora, mais conhecido em Rio das Ostras como Derlan. A operação resultou ainda no afastamento do secretário de Saúde de Búzios, Leônidas Heringer Fernandes. A Operação Maculados foi autorizado pelo Juízo Criminal de Rio das Ostras, que expediu ainda vários mandados de busca e apreensão.

As ações desta quarta-feira são resultados de trabalho conjunto da 1ª Promotoria de Justiça de  Búzios, Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Rio das Ostras, 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Macaé, Promotoria de Justiça de Silva Jardim e da Promotoria de Justiça Cível de Cabo Frio, com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência.

As investigações apontam que o vereador teria cometido crime de corrupção. Ele é acusado de supostamente ter oferecido cargos em comissão e percentual de notas fiscais emitidas por uma empresa prestadora de serviços a um servidor pelos termos de referências das licitações realizada pela Prefeitura de Rio das Ostras na área da saúde durante a pandemia. O MP apurou que houve direcionamento de licitação em favor da empresa HJR Farma, sediada em Niterói, esquema do qual Leônidas, que era coordenador do Fundo Municipal de Saúde de Rio das Ostras, teria participado.

Nota da defesa – Em nota transmitida através do advogado Renato Ferreira de Vasconcellos, o vereador denunciado afirma que não cometeu nenhum dos crimes que lhe estão sendo imputados pelo Ministério Público.

A nota diz que o vereador “apenas abordou um servidor da Secretária de Saúde para fiscalizar o serviço de exames laboratoriais, já que havia recebido uma denúncia na qualidade de presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal”.

Segundo a nota, “de forma proposital, servidores da Secretaria Municipal de Saúde estariam retardando o pagamento de notas fiscais devidas a empresa e, como consequência, a qualidade do serviço estaria sendo imensuravelmente prejudicada”.

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