● Elizeu Pires
Desde março administrando o Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse e a Maternidade Mariana Bulhões, a Organização Social Instituto de Desenvolvimento Ensino e Assistência a Saúde (IDEAS) já recebeu R$ 111.480.988,26 do Fundo Municipal de Saúde, soma que representa mais da metade do valor global dos dois contratos firmados sem licitação após uma dispensa de licitação gerada por uma emergência considerada como “fabricada” pelo Ministério Público que, inclusive, teve um vitória na Justiça em relação ao esquisito processo administrativo aberto pela Secretaria Municipal de Saúde para entregar essas unidades ao controle da OS.
O contrato relativo à gestão do Hospital da Posse tem o valor total de R$ 137.932.075,62 e o total recebido pelo IDEAS soma R$ 83,3 milhões. Para administrar a maternidade Mariana Bulhões a OS foi contratada R$ 46.892.574,90, e já recebeu dos cofres públicos de Nova Iguaçu R$ 28,1 milhões até agora.
Atendimento ruim – Para entregar o Hospital da Posse ao controle do IDEAS, a administração municipal exonerou da direção o médico Joé Sestello, que por mais de 13 anos atuou no HGNI, e sempre foi contrário a terceirização da gestão do hospital mais importante da Baixada Fluminense.
Quem esteve ontem (20) teve a impressão de que o número de funcionários foi reduzido pela gestão terceirizada, que vai continuar a cargo da mesma instituição. O contrato do IDEAS entrou em vigor em 10 de março e desde então, reclamam usuários da rede municipal de Saúde, o atendimento piorou bastante, mas isso não impediu que a OS fosse declarada vencedora de uma seleção pública concluída na semana passada, com o instituto ganhando um novo contrato, esse no valor de R$ 559 milhões.
Em relação ao funcionamento da Maternidade Mariana Bulhões a situação não é muito diferente. O que se comenta é que quando a unidade era administrada diretamente pelo governo municipal o atendimento era muito melhor.
*O espaço está aberto para manifestação da Secretaria Municipal de Nova Iguaçu e da OS IDEAS
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