Nova Iguaçu: Homem que nega presidir OS com contratos de mais de R$ 800 milhões voltou a assinar por ela em licitação da Secretaria de Saúde

● Elizeu Pires

Dias depois de dizer em matéria veiculada pela TV Globo que não é o presidente da Organização Social Instituto de Medicina e Projeto (IMP) e que sequer conhecia a instituição pela qual firmou vários contratados de gestão em municípios do estado do Rio de Janeiro, Alexandre Santos Abreu voltou a assinar pela OS e justamente no município de Nova Iguaçu, onde o IMP foi contratado sem licitação através de uma esquisita emergência alegada pelo secretário municipal de Saúde Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.

Em 19 de julho deste ano Alexandre assinou um documento pedindo a desclassificação de uma OS que disputava com o IMP a seleção pública feita para contratar uma nova gestora para as UPAs Moacyr de Carvalho, Gisele Palhares e Comendador Soares, que tinham sido entregues na tal emergência ao controle do IMP. Naquela data, oito dias depois de ter dito a um repórter da TV Globo que não era o presidente da OS, Alexandre Santos Abreu apresentou um recurso à Comissão Especial de Seleção da Secretaria Municipal de Saúde contra a habilitação da OS Instituto Multi Gestão (IMG).

Além de firmar o recurso apresentado para tirar uma OS concorrente do jogo, a assinatura do homem que nega ser o presidente do IMP está nos termos aditivos que prorrogaram a validade e aumentaram os valores de dois contratos feitos em 2020 para gestão das UPAs Patrícia Marinho e Carlinhos da Tinguá, que estarão em vigor até 2024, ambos com valor global de mais de R$ 27 milhões.

Resultado demorado – Com valor global estimado em R$ 153.782.403,36 a seleção pública relativa às três UPAs foi aberta porque a Justiça já havia determinado isso em relação ao Hospital da Posse, e marcada para o dia 28 de junho. Além do IMP, participaram da seleção as organizações sociais Instituto de Atenção à Saúde e Educação (IASE), o Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional (IPCEP)e o Instituto Multi Gestão (IMG).

O resultado deveria ter sido conhecido na primeira semana de julho, mas o processo passou a se arrastar depois do escândalo envolvendo irregularidades na formação do conselho de administração do IMP ganhou espaço na mídia.

Estranhamente o resultado teve sua homologação publicada no dia 1 de agosto, com a veiculação de um ato datado de 31 de julho. Isso ocorreu 24 horas após o elizeupires.com ter questionado a demora na matéria “Vai ficar mesmo com o IMP?”, perguntam em Nova Iguaçu sobre gestão de UPAs entregue sem licitação a “OS sem dono”.

*O espaço está aberto para manifestação da Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu

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