Niterói, Duque de Caxias e Itaboraí completam a lista das cidades com maior incidência
A Enel Distribuição Rio divulgou o ranking dos municípios atendidos pela distribuidora com os maiores índices de furto de energia no primeiro semestre desse ano. São Gonçalo segue liderando a lista, com índice de 43,91% de perdas de energia. Niterói vem na sequência, com índice de 21,23%, seguido das cidades de Duque de Caxias (15,37%) e Itaboraí (7,83%).
De toda energia distribuída pela companhia na sua área de concessão neste período, cerca de 22% se perderam – a maior parte devido ao furto de energia. De acordo com estimativas da empresa, se não houvesse furto de energia, as tarifas de todos os clientes da Enel Rio poderiam ser reduzidas em pelo menos cerca de 5%.
A companhia tem intensificado cada vez mais o combate a este tipo de crime. No primeiro semestre de 2023, a distribuidora realizou 191 mil inspeções em sua área de concessão, um crescimento de 14% na comparação com o mesmo período de 2022. Além das inspeções, foram realizadas 15 mil operações de modernização de medidores, com a instalação de sistemas inteligentes com comunicação remota.
O aumento no número de inspeções foi acompanhado por um crescimento de 28% na identificação de ligações irregulares de energia no período, em comparação com o primeiro semestre de 2022, totalizando 87 mil ocorrências. Como resultado, a Enel Distribuição Rio conseguiu recuperar 109 milhões de kWh de energia furtada, volume suficiente para abastecer aproximadamente 60 mil residências por um ano com consumo médio mensal de 150 kWh.
“A Enel Distribuição Rio tem intensificado ainda mais a fiscalização contra fraudes e furtos nos 66 municípios atendidos pela empresa. Esse tipo de ação contribui para melhorar a qualidade do serviço e para a segurança da população”, afirma José Dimas, responsável pelos processos de Inspeção e Leitura na Enel Distribuição Rio.
Operação Energia Legal – A Enel Rio realiza uma abordagem integrada de combate ao furto, com foco não apenas na identificação das ligações irregulares, mas na conscientização da população por meio da oferta de serviços e atividades sobre o consumo eficiente de energia. Nestas operações recorrentes em áreas estratégicas mapeadas pela distribuidora, uma força-tarefa formada por equipes da concessionaria e integrantes da Polícia Civil fiscaliza e retira ligações clandestinas.
Paralelamente, a empresa intensifica serviços nas localidades, como troca de geladeiras e lâmpadas por modelos mais eficientes, além de palestras sobre segurança com a rede elétrica. Duas unidades móveis de atendimento ao cliente também são disponibilizadas, com os mesmos serviços oferecidos nas lojas de atendimento da distribuidora e condições facilitadas para a negociação de débitos, por exemplo. Em 49 edições, a operação já identificou, aproximadamente, 21,2 mil clientes furtando energia, sendo 92% dos casos em residências e 8% em comércios nas 27 cidades por onde a iniciativa já passou desde o fim de 2019.
Além do projeto Energia Legal, a empresa realiza inspeções de rotina em toda a área de concessão, com o apoio da Polícia Civil. Nos primeiros seis meses desse ano, a empresa realizou 131 operações que resultaram em 147 pessoas detidas em flagrante, sendo 62% clientes comerciais e 38% residenciais.
A concessionária alerta que fraudes e furtos são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a oito anos de detenção. Além disso, a distribuidora também cobra os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu a irregularidade, acrescida de multa, de quem praticou as fraudes. Cometem crime tanto as pessoas que executam fisicamente a fraude nas instalações quanto os titulares das contas de energia.
Furto de energia é crime – Além de crime, as fraudes e furtos contribuem para baixar a qualidade do serviço prestado, o que prejudica todos os consumidores da concessionária com maior número de interrupções e, por vezes, dificultando o retorno da energia elétrica. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes, deixando o sistema de distribuição mais suscetível a interrupções no fornecimento de energia.
Quem pratica furto de energia, crime popularmente conhecido como “gato”, põe em risco a sua vida e a da população. Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais.