● Elizeu Pires
De acordo com a Norma Regulamentadora Nº 15, do Ministério do Trabalho, profissionais que trabalham em condições de insalubridade devem receber entre 10% a 40% de adicional de insalubridade sobre seus salários, dependendo do grau de risco, mas no município de Queimados, na Baixada Fluminense, a regra nacional não vale, pois a gestão do prefeito Glauco Kaizer implantou sua própria norma, reduzindo o adicional a metade.
Pela norma editada pela administração municipal, o profissional em função de risco máximo recebe 20% de adicional, em vez dos 40% determinados pelo Ministério do Trabalho, o de risco médio 10% e quem exerce função de risco mínimo 5%.
A medida adotada pelo prefeito afeta várias categorias do funcionalismo público municipal e os servidores estão revoltados, mas os prejudicados são os coveiros, profissionais que tecnicamente trabalham sob risco máximo, mas estão classificados como trabalhadores em função de risco médio, ficando com 10% de adicional, tendo sofrido uma redução de 50% em relação ao que recebiam antes.
A redução veio quando o assunto pandemia de covid-19 ainda preocupa bastante profissionais de saúde e os servidores que atuam nos cemitérios. Passados três anos desde o sepultamento das primeiras vítimas da doença, chegou o momento de fazer a exumação dos corpos, e como a maioria foi sepultada dentro de sacos plásticos, o que dificulta a decomposição natural, os coveiros voltam a correr risco máximo, pois terão que lidar também com chorume, restos de sangue e resto de vísceras, mas isso parece não preocupar quem está governando a cidade.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Queimados