Edital estima em quase R$ 50 milhões de contrato a ser licitado em dezembro

● Elizeu Pires

A Secretaria de Saúde de Casimiro de Abreu, pequeno município do estado do Rio de Janeiro, marcou para o próximo mês o que já deveria ter sido feito há muito tempo, a licitação para contratar a gestão terceirizada do Hospital Municipal Ângela Maria Simões Menezes e da Unidade de Pronto Atendimento Hospitalar, que vem sendo feita desde abril por uma organização social sediada na Bahia, de forma precária juridicamente falando.

O aviso do Chamamento Público 01/2023 marca para 11 de dezembro a data para recolhimento da documentação das instituições interessadas em participar, e o edital traz um detalhe que está assustando os observadores mais atentos: a gestão do prefeito Ramon Gidalte está disposta a pagar até o total de R$ 48.132.463,50 por um contrato de 12 meses, cerca de R$ 10 milhões a mais do que seria pago a atual gestora, se o contato emergencial firmado com o Instituto de Saúde Nossa Senhora da Vitória (INSV) fosse de um ano.

Operando no município desde o dia 28 de abril, o INSV foi contratado para seis meses de gestão, pelo total de R$ 19.289.723,64. No final de outubro essa OS foi contratada pelo mesmo período e por igual valor, o que somaria R$ 38.579.447,28 em um ano, ou seja, R$ 9.553.015,70 abaixo do global estimado no edital de licitação.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Casimiro de Abreu

Matérias relacionadas:

Casimiro de Abreu: Prefeitura esconde parecer que reprova as contas de OS que já recebeu mais de R$ 19 milhões do Fundo Municipal de Saúde

Casimiro de Abreu: OS com contas reprovadas já recebeu mais de R$ 19,5 milhões do Fundo Municipal de Saúde

Conflito de interesses em Casimiro de Abreu: Diretor da OS que administra o hospital da cidade é representante de empresa contratada pela instituição, aponta documento do Conselho de Saúde

Sem licitação: Saúde de Casimiro de Abreu optou por manter OS baiana