● Elizeu Pires
Queimados, um município carente da Baixada Fluminense, conforme o elizeupires.com antecipou na matéria Saúde de Queimados vira “negócio da china” para OSs, as ditas “instituições sem fins lucrativos”, com contratos que podem somar mais de R$ 150 milhões, se transformou em grande mercado para as organizações sociais, as já manjadas OS que se apresentam como entidades sem fins lucrativos, mas abocanham fatias enormes do bolo das verbas destinadas à saúde pública, e em alguns casos, saem deixando um rastro de dívidas trabalhistas, obrigando profissionais contratados através recorrerem à Justiça.
A Secretaria de Saúde tem contratos com o Instituto Se Liga (cerca de R$ 16 milhões) e Instituto de Medicina e Projeto, IMP, que passou a ser chamado de “OS Sem Dono” depois de o homem que assina pela instituição ter dito em matéria veiculada pela TV Globo nada ter a ver com a instituição (R$ 40 milhões), mas um terceiro contrato já está pronto para ser assinado nos próximos dias, e deverá ser o que mais dará o que falar.
É que a Prefeitura acaba de homologar o resultado de um chamamento no qual a Organização Social Centro de Medicina e Projetos Especiais (CEMPES) foi declarada vencedora com uma proposta de R$ 114.872.473,32 por dois anos de gestão das unidades de saúde primária, mas, no mesmo ato, abre brecha para o contrato chegar a cerca de R$ 123 milhões.
O ato, publicado na edição de 17 de novembro do diário oficial do município qual valor de fato prevalecerá, pois o extrato referente ao resultado do processo licitatório cita o valor mensal de R$ 4.786.353,05, R$ 57.436.236,66 em 12 meses, R$ 114.872.473,32 em 24, mas fecha com o total de R$ 122.872.473,32 “com investimentos”.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Queimados e das instituições citadas na matéria
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