Terceirização de funcionários já custou R$ 65 milhões em Mesquita

E contratos de cooperativa estão na mira da Câmara de Vereadores

Criticada pelo atual prefeito durante a campanha de 2016, a terceirização de mão de obra através de cooperativas em Mesquita na gestão anterior custou mais de R$ 250 milhões em quatro anos, mas o governo atual está indo pelo mesmo caminho e, pior, sem licitação. A apesar de acumular ações trabalhistas por não pagar direitos devidos a contratados por ela e colocados à serviço de órgãos públicos, Cooperativa Central de Trabalho (Cootrab) recebeu mais de R$ 65 milhões da gestão do prefeito Jorge Miranda, através de quatro contratos emergenciais para fornecer pessoal aos setores de saúde, educação e limpeza pública. Em relação ao contrato com a Secretaria de Saúde, há denúncias de que apesar de município não dispor de serviços próprios 24h alguns funcionários teriam recebido adicional noturno e de que os salários pagos aos médicos variariam entre R$ 15 e R$ 46 mil.

Os contratos 004, 005, 006 e 006 e 007 foram assinados em fevereiro, nos valores de R$ 16.027.848,12, R$ 13.557.504,78, R$ 6.425.005,32 e R$ 2.587.596,06 respectivamente, por um período de 180 dias, validade que foi prorrogada pelo prefeito Jorge Miranda. Para apurar as denúncias a Câmara de Vereadores abriu uma comissão de inquérito com prazo de 120 dias para concluir as investigações.

De acordo com dados do registro de despesas e pagamentos do município, as transferências para a Cooperativa Central de Trabalho somaram R$ 65.041.481,91.

 

Documento relacionado:

Relação de pagamentos em favor da Cootrab

 

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