O que faltou dizer sobre o Hospital Iguassu

… depois de batalha judicial e longo período de obras, a unidade será reaberta

● Elizeu Pires

O Hospital Iguassu foi inaugurado em 35 de março de 1935 pelo prefeito Arruda Negreiros- Foto: Centro de Memória de Nova Iguaçu

Depois de um longo período de obras e um custo de R$ 23 milhões, o Hospital Iguassu vai ser reaberto, com os iguaçuanos recebendo de volta uma unidade inaugurada na década de 30, que foi amparo para milhares de gestantes até o desastre da administração de Lindberg Farias – que agora tenta retomar o controle da cidade através um preposto seu, um político sem voto e sem apoio popular –, que provocou o fechamento, retendo os recursos públicos devidos a ela e a outras unidades conveniadas.

É fato sim que o prédio do Hospital Iguassu foi pretendido pela administração municipal no último mandato do prefeito Nelson Bornier, mas foi só isso. A posse de fato só aconteceu após uma batalha judicial enfrentada pela atual administração contra uma associação filantrópica que controlava o hospital e reivindicava ser a dona de tudo.

Para iniciar as obras, a gestão do prefeito Rogério Lisboa precisou resolver um imbróglio judicial a respeito da propriedade do imóvel construído por ela. A instituição que tinha a gestão do hospital, queria a posse do terreno, mas a Prefeitura assegurou seu direito sobre o imóvel, uma vez que a posse da gestão da unidade não implicou em transferência da propriedade para a associação, até por que, o hospital, inaugurado em 31 de março de 1935 pelo prefeito Sebastião Arruda Negreiros, foi construída numa praça pública.

Por mais que apareçam agora vários pais para a “criança”, a recuperação da unidade, seu projeto de reforma e modernização, é mérito da gestão do prefeito Rogério Lisboa que, diga de passagem, ao assumir o governo, em janeiro de 2016, além de herdar dívidas com servidores, fornecedores e prestadores de serviços, encontrou unidades da rede municipal de saúde fechadas, inclusive com atendimento de emergência extremamente prejudicado, o que chegou a afetar, também, o Hospital da Posse e a Maternidade Mariana Bulhões, coisas das quais quem participou do governo anterior parece ter esquecido.

Além disso, para iniciar as obras, a atual gestão municipal precisou resolver um imbróglio judicial a respeito da propriedade do imóvel, situado na Rua Getúlio Vargas nº 222, Centro. A Associação de Caridade que controlava o hospital, reivindicava a posse do terreno, mas a Prefeitura assegurou seu direito sobre o imóvel, uma vez que a posse da gestão não implicou na transferência da propriedade para a Associação, até por que, o hospital, inaugurado em 31 de março de 1935 pelo prefeito Sebastião Arruda Negreiros, foi construída numa praça pública.

Agora, que a união de todos faça realmente a força, para que a moderna maternidade que vai entrar em funcionamento nos próximos dias, funcione bem e por longos anos, seja realmente referência na região e que a população seja mesmo a grande vencedora dessa luta, que também contou com muita ajuda do governo estadual, é verdade, mas isso somente após a Prefeitura ter comprado a briga, removido os empecilhos, licitar as obras e começar tudo com recursos próprios.

Em suma, se essa “criança” tem um pai, esse é o povo, pois foi com o dinheiro do contribuinte, resumindo, o povo, que obras, serviços, utensílios e os equipamentos modernos foram ou ainda estão sendo pagos, mas é claro que não se pode ignorar o esforço e a dedicação dos gestores públicos que levantaram a bandeira e partiram a execução, funcionando como uma espécie de parteiros no nascimento dessa “criança”.

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