“Homem da mala” de Cabral delata André Correa e mais cinco

Delator afirma que parlamentar do DEM passou a receber mensalão de R$ 100 mil em 2011

 

Candidato à presidente da Assembleia Legislativa, o deputado André Correa, reeleito pelo DEM, foi citado em depoimento por Carlos Miranda, o “homem da mala” do ex-governador do Sérgio Cabral no esquema de recebimento de propinas de empreiteiras, prestadores de serviços e empresas de ônibus. Segundo Miranda, Correa começou receber pagamento de R$ 100 mil em 2011, quando atua co mo líder do governo na Alerj. De acordo com o delator, o compromisso de pagar ao deputado André Corrêa foi passado por Cabral a Luiz Fernando Pezão na transição de governo, em março de 2014. Miranda delatou ainda os deputados Luiz Martins e Marcos Abrahão, que, segundo ele recebiam R$ 80 mil mensais cada; Coronel Jairo e Marcos Vinicius, o Neskau, R$ 50 mil cada um e Marcelo Simão, o mais barato dos seis, com pagamento de R$ 20 mil por mês.

O acordo de delação premiada de Carlos Miranda foi validado telo Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Dias Toffoli, no dia 6 de março deste ano.  Miranda contou que a ordem de pagamento do mensalão aos seis deputados partia do ex-secretário de Governo, Wilson Carlos, com a finalidade de garantir apoio da base aliada do governo na Alerj.

A assessoria de André respondeu que as declarações do delator são mentirosas: “As acusações desse senhor, que é um ladrão confesso, são totalmente mentirosas. Não o conheço, nunca estive com ele nem troquei qualquer e-mail ou ligação telefônica”.  O deputado Luiz Martins que afirmou que não conhece o delator Miranda e que “repudia os fatos citados por ele”; Marcos Vinícius alega desconhecer o teor da delação e Jairo diz que jamais estabeleceu com relacionamento com o delator.

O deputado Marcos Abrahão ainda não se manifestou sobre o assunto.

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