Grupo Locanty se perpetua também em Valença

Onde já operou com quatro nomes diferente e faturou R$ 44 milhões nos últimos anos

 

Está chegando a hora de a Prefeitura de Valença, cidade do Sul Fluminense, fazer uma nova licitação para o serviço de coleta de lixo que, segundo algumas lideranças comunitárias, é ruim e custa caro. O contrato atual pertence à Rio Zin Ambiental, que sucedeu a Própria Comércio e Serviços, contratada pelo prefeito Álvaro Cabral em 2013, sem licitação. Na época a Câmara de Vereadores anunciou que abriria uma investigação, porque os gastos mais que dobraram naquele ano. O então prefeito não enviou os documentos solicitados e tudo ficou por isso mesmo. A Própria – que que entrou no lugar da Locanty – foi substituída pela Rio Zin e assim um mesmo grupo vai se perpetuando na cidade, sem que a gestão do prefeito Luiz Fernando Graça deixe claro quantas toneladas de lixo são coletadas por dia e quanto o município paga por cada uma delas…

A Própria foi contratada emergencialmente em 2013 por R$ 4.511.906,46. O contrato, com validade de seis meses, foi considerado caro demais e um pedido de investigação foi apresentado à Câmara pelo cidadão Francisco Silva Doudement. Na época o vereador Sílvio Graça – irmão do atual prefeito – dizia que a investigação se fazia necessária para esclarecer pontos obscuros verificados no contrato. Os membros do Legislativo naquele ano entendiam que a Prefeitura deveria ter mantido a empresa Felix e Marcondes, que tinha sido contratada em dezembro de 2012 por R$ 143.056,55, para prestar o serviço até o dia 31 de março, quando o grupo tinha se afastado temporariamente de Valença.

Há registros de que o grupo que opera na cidade teve um contrato firmado no dia 5 de junho de 2008, com valor global de R$ 1,8 milhão. O contrato, em nome da Locanty, foi renovado em 2009 com um reajuste de 22%. A partir de junho de 2010 os percentuais dos reajustes não foram mais divulgados pela Prefeitura e o contrato ficou trancado numa espécie de caixa-preta.

Pelo que está no sistema que registra as despesas com fornecedores e prestadores de serviços, a Rio Zin Ambiental substitui a Própria em 2014 e desde então já recebeu R$ 44 milhões dos cofres públicos de Valença. Foram R$ 9.091.576,72 em 2014, R$ 8,527.757,66 em 2015, R$ 10.478.878,42 em 2016, R$ 8.563.461,09 em 2017 e R$ 8.150.291,67 entre janeiro e setembro deste ano.

 

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Comentários:

  1. Só piora. Segunda feira em ponto facultativo, haverá nova licitação pra perpetuar locanty, infornova, própria, riozin ambiental, pela bacatela de quinze milhões/ano, um reajuste de quase cem por cento. Presidida pelo primo do prefeito, sec de meio ambiente, Paulo graça, o pregão vai ser todo fechado. Uma grande oportunidade pra fechar um grande negócio.

  2. Isso sem contar que parte dos precatórios que o prefeito usa como desculpa para entraves da administração, são originários dos empregados da locanty, propria, infornova, riozin que não receberam suas indenizações.
    Outra coisa de precatórios que surgem como impecilho foi o contrato com a Cedae e retirou uma empresa local com contrato vigente. Conclusão. Doze milhões de indenização sob bênção de Fernandinho graça presidente da câmara Valença

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