Representante de empresa da ‘Operação Apagão’ teria sido apresentado a ex-prefeito de Silva Jardim por secretário de Rio Bonito

Preso na última sexta-feira (30/11) sob acusação de fraude em licitação e corrupção, o ex-prefeito de Silva Jardim e deputado estadual eleito pelo Solidariedade, Wanderson Gimenes Alexandre, o Anderson Alexandre, teria sido apresentado ao representante da Compillar Entretenimento Prestadora de Serviço – empresa citada como envolvida em fraudes em São Gonçalo e possivelmente em  outros municípios, além de Silva Jardim – pelo então secretário de Saúde de Rio Bonito, Matheus Rodrigues da Costa Neto, em março do ano passado. Nessa época a empresa já estava atuando – sem licitação – no município governo por José Luiz Alves Antunes, o Mandiocão.

Informação neste sentido consta em parte de depoimento em colaboração premiada que ajudou o Ministério Público desvendar um esquema criminoso que, pelo que conta em denúncia à Justiça, teria sido montado para obtenção de vantagens ilícitas, “a partir da solicitação de valores espúrios a empresários, em troca da celebração de contratos com o município, por meio de fraudes em processos de licitação”.

Segundo foi apurado até agora, Anderson teria pedido R$ 150 mil ao representante da empresa e mais 10% do valor de cada nota emitida pela cobrança do serviço de manutenção do sistema de iluminação de Silva Jardim pela Compillar, que chegou a vencer um processo licitatório, mas o contrato não foi adiante por conta da Operação Apagão realizada pelo MP em São Gonçalo, no caso de fraude em um contrato de R$ 15,5 milhões.

A empresa iniciou os trabalhos na cidade no final de julho de 2017, mas retirou seus caminhões e funcionários do município logo no início do mês seguinte, depois da Operação Apagão realizada no dia 10 de agosto do ano passado, quando foram presos o ex-prefeito Neilton Mulim e mais nove pessoas, ente elas Paulo Roberto de Souza Cruz, operador da Compillar em São Gonçalo, Rio Bonito, Silva Jardim e outros municípios.

A Compillar começou a atua na manutenção dos sistema de ilumimação de Rio Bonito logo no início da gestçao do prefeito José Luiz Alves Antunes, o Mandiocão. Foi feito um contrato sem licitação, com o município aderindo uma ata de registro de preços da Prefeitura de Iguaba Grande. Em favor da empresa foi emitida uma nota de empenho no valor de R$ 511.385,81 do total foi pago a soma de de 428.080,37 até setembro de 2017, mas restava para o meses seguintes uma segunda previsão de gastos fixada em  R$ 574.231,70.

 

Matérias relacionadas:

Empresa do “apagão” fatura alto em Rio Bonito

Deputado estadual eleito, ex-prefeito de Silva Jardim e presidente da Câmara foram presos por fraudes em licitações corrupção

‘Apagão’ de São Gonçalo se repete em Silva Jardim com prisão de agentes políticos por fraude em licitação e organização criminosa

 

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.