● Elizeu Pires
Está marcada para esta quarta-feira (25), a inauguração da nova sede da Prefeitura de Queimados, anunciada como um grande feito do prefeito Glauco Kaizer. O que faltou dizer é quanto a construção do prédio custou, já que transparência parece ser palavra desconhecida na administração municipal, que não tem disponibilizado os contratos nem os valores pagos pela Prefeitura.
O que se sabe, é que uma obra que deveria ter sido concluída em 2015 – e depois teve o prazo de entrega estendido até 2017, esticado pelo menos mais umas cinco vezes -, somando contratos e aditivos, os valores contratados já passava da casa dos R$ 16 milhões em 2020, quando estava orçada em menos R$ 4 milhões.
Duas empresas e muita polêmica – O primeiro contrato para a construção da nova sede data de dia 26 de fevereiro de 2010. Foi firmado com a empresa RGI Empreendimentos pelo no valor global de R$ 7.174.826,56. Depois veio uma sucessão de termos aditivos, e até a paralisação dos serviços o contrato estava em a R$ 8.963.770,47.
Depois de tanto atraso a Prefeitura escolheu uma nova empresa para concluir o prédio. A empresa DRA Network do Brasil Serviços e Comércio foi contratada no dia 21 de fevereiro de 2020 por R$ 7.562.848,50 e recebeu 12 meses de prazo para terminar a obra.
O prefeito Glauco Kaizer assumiu o governo em janeiro de 2021 e desde então não foi disponibilizado mais nenhum documento sobre o contrato 031/2020, que teve cinco termos aditivos assinados na atual gestão, mas só é possível encontrar um, datado de 1 de abril de 2024, acrescentando R$ 503.338,03 ao contrato.
Como os demais aditivos não estão no que a gestão de Glauco Kaizer tem coragem de chamar de Portal da Transparência, muito menos os pagamentos feitos pela obra na atual gestão, o contribuinte interessado em fazer o controle social garantido a ele por força de lei fica sem saber quanto pagou por aquilo que o prefeito propaga ser a grande realização de seu governo.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Queimados
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