Lei estadual pode acabar com a ‘indústria do reboque’ no Rio

Depois de fechar o depósito de carros em São João de Meriti, prefeito defende a proposta para todo o estado e apresentou a ideia ao governador

 

O fim da chamada “industria do reboque” e dos depósitos públicos de veículos – serviços explorados por particulares que faturam alto com o negócio e confere aos municípios apenas o ônus político da rejeição popular – iniciado em São João de Meriti pelo prefeito João Ferreira Neto, o Dr. João, deverá ser estendido para todo o estado. Foi o que foi conversado entre o prefeito e o governador Wilson Witzel, em audiência no Palácio Guanabara. A proposta levada a Witzel é o encaminhamento de um projeto de lei à Assembleia Legislativa, transformando o proprietário do veículo em situação irregular em depositário fiel até que a documentação do carro seja regularizada.

“Conversei com o governador e ele vai apoiar a proposta de estabelecer a condição de depositário fiel, com o proprietário tendo prazo regularização do veículo sem a necessidade de rebocar para depósito. A ideia também retirar os policiais militares destas operações”, disse o prefeito agora há pouco ao elizeupires.com.

A “indústria do reboque” tomou conta de todas as cidades do estado do Rio de Janeiro. As prefeituras contratam empresas particulares para administrar os depósitos e explorar o serviço de reboque, com as firmas repassando aos municípios apenas 10% do faturamento. Hoje o dono de um carro de passeio que for levado para os depósitos não gastam menos de R$ 500 para liberar o veiculo, isto se o carro ficar apenas um dia recolhido e não tiver multas.

O depósito público de São João de Meriti foi desativado em novembro do ano passado. “Desde a campanha eleitoral de 2016 que me posiciono contra o que se transformou uma máfia em muitas cidades, mas por questões burocráticas só pude tomar uma atitude em 2018”, explicou Dr. João.

 

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