Volta Redonda: vereador quer esclarecer denúncia de suposto favorecimento a empresas em contratos emergenciais

Registrando dois empenhos com valor global de R$ 17,9 milhões nos exercícios de 2017 e 2018 sem que estejam claros os serviços prestados e os valores efetivamente recebidos, a empresa Rio Zin Ambiental é alvo de um pedido de informações à Prefeitura de Volta Redonda, ainda não respondido de forma objetiva pelo prefeito Elderson Ferreira da Silva, o Samuca (foto). O requerimento foi apresentado pelo vereador Jari Junior, que quer que o governo esclareça denúncias de suposto favorecimento à Rio Zin em contratações emergências através do Fundo Municipal de Saúde. O documento mira também a Conttato Consultoria e Gestão Empresarial.

Eleito com o discurso de “sangue novo na política”, Samuca, ao que tudo indica, precisará de boas doses de fortes argumentos para explicar ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro a presença das duas empresas na Secretaria de Saúde, supostamente favorecidas por meio da prestação de serviços sem licitação e direcionamento de preços, segundo o vereador Jari Junior revelou ontem (22).

Uma das empresas é a Rio Zin, considerada como sendo um tentáculo do Grupo Locanty, que também mantém contrato com diversas prefeituras em setores como laboratório e atendimento de unidades de saúde, além de atuar na coleta de lixo. A outra empresa é a Conttato Consultoria e Gestão Empresarial, cuja atividade principal é a locação de mão de obra temporária. Segundo informações da Receita Federal, a Conttato é sediada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e foi aberta e julho de 2011.

Jari Junior alega que apresentou requerimentos de informação solicitando informações e documentos referentes aos processos administrativo relativos à contratação da Rio Zin e da Contatto, mas que não teria obtido respostas do governo municipal até o momento. Segundo o parlamentar, as empresas teriam causado grande prejuízo para a já combalida saúde de Volta Redonda.

“Recentemente nós descobrimos que o Tribunal de Contas e o Ministério Público investigam serviços prestados na Secretaria de Saúde por duas empresas, Rio Zin e Conttato. Fizemos um requerimento cobrando informações que nos permitam acompanhar as investigações de perto. O problema é que o governo municipal não respondeu o requerimento com todas as informações solicitadas”, externou o vereador, prometendo reforçar o pedido no plenário da Câmara.

Além de não responder ao pedido de informações feito pelo vereador, a administração não disponibilize no Portal da Transparência dados mais claros sobre os serviços prestados pelas duas empresas, efetivo envolvido nos serviços nem os valores totais pagos até agora. No site constam apenas um valor global de R$ 1.643.885,20 em favor da Conttato, no exercício de 2017 e dois no total de R$ 17.994.603,47 em nome da Rio Zin, sendo um de R$ 6.743.709,28 em 2017 e outro de R$ 11.250.894,19 no ano passado.

O espaço está aberto para qualquer manifestação. Com a palavra a administração municipal de Volta Redonda.

 

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