Dinheiro não é remédio para a saúde de Caxias

Setor já recebeu cerca de R$ 700 milhões, o mas continua doente

 

Ao chegar na manhã desta segunda-feira (5) ao Hospital Infantil Ismélia da Silveira, no Centro da cidade, o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (foto) foi vaiado foi vaiado por mães que desde a madrugada aguardavam na fila para agendar atendimento para seus filhos e não conseguiram. Incomodado com a reação, Reis abreviou a visita. Não teria demorado nem dez minutos por lá, talvez por não ter como explicar a destinação dada aos recursos definidos para a rede de saúde, já que, de acordo com os registros do Fundo Nacional de Saúde, de 1º de janeiro de 2017 a 30 de junho deste ano, foram repassados R$ 693,8 milhões ao Fundo Municipal de Saúde (confira aqui) –  sendo R$ 522,4 milhões para os atendimentos de média e alta complexidade, e R$ 124,1 milhões para a atenção básica –, mas o atendimento no município está a cada dia pior.

Segundo os dados do FNS, em 2017 os repasses para o FMS de Duque de Caxias somaram R$ 213.628.802,29. Foram R$ 160.228.545,14 para os procedimentos de média e alta complexidade, e R$ 34.175.112,18 para a atenção básica. Os registros mostram ainda que os repasses subiram bastante no ano seguinte. Em 2018 as transferências do Fundo Nacional de Saúde somaram R$ 319.440.229,45, sendo R$ 236.380.478,13 para média e alta complexidade, e R$ 60.493.042,47 para a atenção básica.

Pelo que foi repassado no primeiro semestre deste ano, a estimativa é de que as transferências de 2019 podem ser maiores que as verificadas em 2018: entre 1º de janeiro e 31 de junho deste ano os repasses o Fundo Municipal de Saúde somaram Segundo os dados do FNS, em 2017 os repasses para o FMS de Duque de Caxias somaram R$ 165.789.616,03, R$ 125.824.369,41 para os procedimentos de média e alta complexidade, e R$ 29.528.469,01 destinados ao atendimento na atenção básica.

Os registros mostram ainda que os repasses subiram bastante no ano seguinte. Em 2018 as transferências do Fundo Nacional de Saúde somaram R$ 319.440.229,45, sendo R$ 236.380.478,13 para média e alta complexidade, e R$ 60.493.042,47 para a atenção básica.

Só uma vez por mês – Sobre a situação no Hospital Infantil Ismélia da Silveira, as mães reclamam que as senhas para o atendimento são distribuídas apenas uma vez por mês, e madrugar na fila não é garantia de sucesso. Quem esteve na unidade na manhã desta segunda-feira foi informado de que a senhas tinham se esgotado antes das 6h.

Socorro em Magé – Sem atendimento em seu município, os moradores de Duque de Caxias buscam socorro nas unidades de Magé, principalmente os que residem nas localidades de Imbariê, Santa Lúcia e Parada Angélica. A unidade mais procurada é  o Hospital Municipal de Piabetá, que funciona com o atendimento materno-infantil, conta com maternidade, centro cirúrgico e presta atendimentos emergenciais e ambulatoriais.

O espaço está aperto para manifestação da administração municipal de Duque de Caxias sobre o assunto.

(Foto: Reprodução/Extra)

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