Hospital da Posse faz captação rara de órgãos e quatro pacientes são beneficiados com gesto de humanidade da família da doadora

Divulgação/PMNI

Uma rara captação de múltiplos órgãos realizados no início deste mês pelas equipes de cirurgiões do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), mostra que o popular Hospital da Posse está um passo à frente: em cerca de duas foi feita cirurgia de captação de rins, fígado e coração, cuja doação é menos frequente devido à complexidade. Os procedimentos ficaram a cargo de três equipes com especialidades diferentes e os órgãos foram destinados a pacientes cadastrados no Sistema Nacional de Transplantes (SNT), tendo sido beneficiadas quatro pessoas.

Segundo informações do hospital, a doadora foi uma estudante de enfermagem de 18 anos, vítima de acidente de trânsito.  “A doação de órgãos representa a chance de recomeço para quem aguarda um transplante, e o HGNI conta com equipe preparada para acolher as famílias e conduzir todo o processo de forma responsável”, afirmou o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.

Referência no atendimento de trauma e alta complexidade, o HGNI é um dos hospitais que mais realizam captações no estado do Rio de Janeiro. Até maio de 2025, foram notificadas 46 mortes encefálicas na unidade, com 19 doações efetivadas. Em muitos casos, a captação não ocorre por falta de autorização familiar em tempo hábil.

“A doação de órgãos tem o poder de transformar vidas, e o HGNI tem sido protagonista nesse processo no estado do Rio de Janeiro. Estamos entre os primeiros colocados em número de notificações, doações e captações, resultado de um trabalho comprometido da nossa equipe. É um esforço contínuo que salva vidas, dá esperança às famílias e reafirma nosso papel como referência na área”, destaca Ulisses Melo, diretor-geral do HGNI.

A unidade conta com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), responsável por conduzir os protocolos desde o diagnóstico de morte encefálica até o encaminhamento dos órgãos, seguindo critérios técnicos e legais.

“Nosso compromisso é com a promoção da vida por meio da doação de órgãos e tecidos. Nosso trabalho diário é pautado na humanização do atendimento, no acolhimento das famílias enlutadas e na valorização do ato solidário que salva vidas. Acreditamos que cada decisão consciente e generosa de doar representa esperança para quem aguarda um transplante, além de representar um gesto nobre de amor ao próximo. Seguimos atuando com ética, respeito e responsabilidade para transformar a dor em vida e luto em solidariedade.”, destacou a médica Roberta Carvalho, coordenadora do CIHDOTT.

Para ser um doador de órgãos, o mais importante é comunicar sua vontade à família. Não é necessário registrar essa decisão em cartório ou em documentos oficiais. Basta que seus familiares saibam do seu desejo e concordem com a doação de órgãos e tecidos no momento oportuno.

(Via Ascom/PMNI)