MPF denuncia 25 do quadrilhão da Receita Federal

Na lista estão os empresários Narciso Gonçalves e José Carlos Lavouras

O auditor fiscal Marco Aurélio Canal, preso no dia 2 de outubro, seria o líder do grupo

Vinte e cinco acusados de integrarem uma organização criminosa formada por auditores-fiscais, analistas tributários da Receita Federal, empresários do setor de transportes de passageiros e pessoas a eles ligadas foram denunciados pelo Ministério Público Federal. De acordo com o MPF, a organização tinha por finalidade a prática dos crimes de corrupção, ação contra a ordem tributária e a lavagem de dinheiro. (confira aqui)

Entre os denunciados estão os empresários Narciso Gonçalves dos Santos (presidente do Sindicado das Empresas de Transporte de Passageiros de Nova Iguaçu e dono da empresa de ônibus Evanil) e José Carlos Lavoras, do Grupo Flores, que está em Portugal, onde mantém vários negócios, além de  Marcial Souza, Marco Aurélio Canal, Rildo da Silva, Alberto Zile, Alexandre Ferrari, Mônica Souza, Leônidas Quaresma, Elizeu Marinho, Fernando de Oliveira, Daniel Gentil, Sueli Gentil, Fábio dos Santos Cury, Glycério Depra, Marcus Mota, João Batista da Silva, Adriana Canal, Leonardo Paciello, Eluiza Silva, Márcio de Mello Mattos, Pedro Guimarães, Ana Tabet, João Paulo Ferreira e Sebastião Messias.

Operação Armadeira – A denuncia é resultado das investigações iniciadas no ano passado, que culminaram na operação Operação Armadeira, no âmbito da Lava Jato, realizada no dia 2 de outubro deste ano, quando foram presos o empresário Narciso Gonçalves, Marcial Pereira de Souza, Rildo Alves da Silva, Mônica da Costa Monteiro Souza, Marco Aurélio da Silva Canal, Sueli Monteiro Gentil, Daniel Monteiro Gentil e Elizeu da Silva Marinho, Leônidas Pereira Quaresma, João Batista da Silva, Fábio dos Santos Cury, Alexandre Ferrari e Fernando Barbosa.

De acordo com o MPF, as investigações foram iniciadas a partir de depoimentos de um delator, o empresário Ricardo Siqueira Rodrigues, que confessou ter sido procurado pelo grupo de agentes da Receita Federal. Ele contou “ter sido vítima de achaques por parte do analista tributário Marcial Pereira de Souza” e que a propina exigida era em troca de troca de suposto tratamento diferenciado na autuação fiscal do alvo.

O MPF reuniu como provas gravações ambientais, filmagens de reuniões e o comprovante bancário do pagamento de parte da propina, feito em um banco de Portugal em nome de Marcial Souza e mulher dele, Mônica da Costa Monteiro.

O Ministério Público Federal chegou ainda ao auditor-fiscal Marco Aurélio Canal que teria cobrado R$ 4 milhões para não multar a Federação das Empresas de Transporte do Rio de Janeiro (Fetranspor). Pelo que foi apurado, o pagamento do que o MPF chama de “vantagem indevida”,  foi intermediado pelo agente da Receita Federal e contador da empresa Evanil Elizeu Marinho.

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