Suposto cartel de empresas formado para licitações na Baixada Fluminense volta à mira das autoridades

Em abril deste ano o Ministério Público Federal, Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União deflagraram uma operação para desbaratar uma quadrilha especializada em fraudes em licitações, em especialmente na área da Educação, com atuação em vários municípios da Baixada Fluminense. O esquema que teria causado desvios que podem passar de R$ 20 milhões, consistiria na união de empresas para participar de processos de licitação, com uma dando cobertura a outra.

No dia 15 daquele mês foi feita a Operação Ultaje, na qual foram cumpridos vários mandados de busca e apreensão, boa parte deles em Nilópolis, cidade onde estão sediadas algumas das empresas citadas. Agora, seis meses depois, as atenções estão despertadas para um novo esquema de cartel.

A investigação que resultou na Operação Ultraje foi iniciada pelo MPF em 2016, em inquérito aberto para apuração suspeita de fraudes em pregão realizado Prefeitura de São João de Meriti para compra de uniformes escolares, na gestão do prefeito Sandro Matos.

De acordo com o que o próprio Ministério Público Federal divulgou em abril, “as provas obtidas, por meio da quebra de sigilos telemáticos e bancários requerida pelo MPF, levaram à existência de outros procedimentos de contratação nos quais os envolvidos pudessem também ter funcionado, seja como concorrentes, seja como contratados”.

Ainda segundo o MPF, os resultados das investigações no âmbito da Operação Ultraje revelaram que o esquema não seria um simples cenário de fraudes a licitações, “mas de uma quadrilha que atua pelo menos desde 2013 até os dias atuais”. Foi apurado que os envolvidos atuavam em vários municípios, disputando pregões para fornecimentos de produtos que vão desde material de papelaria e uniformes até gêneros alimentícios.

Pelo que foi apurado, “tanto as empresas que cotavam preços como aquelas que efetivamente concorriam na licitação eram pessoas jurídicas criadas unicamente para manter o esquema criminoso”.

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.