Não somos melhores que ninguém (uma reflexão de domingo)

É incrível, mas toda e qualquer noticia que veiculamos sobre assuntos relativos a educação de Magé o espaço destinado a comentários se transforma em um campo de batalha, com concursados e contratados se digladiando como se ferozes inimigos fossem. Que coisa feia, gente! Estão todos no mesmo barco e, tirando o regime jurídico que os separam, são todos iguais. Exercem a mesma função, trabalham na mesma rede de ensino, tem a mesma carga horária e lecionam as mesmas matérias. Além do mais, eu não posso me julgar melhor que o meu vizinho só porque o meu emprego é mais garantido que o dele.

O setor de educação deveria funcionar, creio eu, com mais cordialidade, mas basta iniciar o ano letivo para o disse que disse começar: “Você viu aquela diretora? É uma incompetente. Só está lá porque é amiga de fulano…” “E aquela professora novinha que foi contratada? Está se achando só porque foi indicada por aquele cara…”

Parece absurdo, né? Mas é assim mesmo. Nos últimos quinze dias recebi algumas dezenas de mensagens de professores queimando diretoras, de concursados metralhando contratados e vice-versa e de profissionais falando mais de direitos do que de deveres. Na última sexta-feira então a turma extrapolou. Arquivei umas duzentas mensagens e tive de encerrar o debate.

Quando estamos no mesmo barco é preciso remar na mesma direção. Não se ganha uma luta sozinho, não se chega ao topo da montanha se um não puxar o outro. Minhas queridas professoras, adoro vocês e é exatamente por isso que digo: vocês são todas iguais perante aos olhos da sociedade. A diferença, já disse, está apenas no regime jurídico. A capacidade, a responsabilidade e a expectativa do resultado do trabalho são as mesmas. Então que tal pensarmos um pouco sobre isso nesse domingo que está apenas começando?

Um abraço a todos e fiquem com Deus. Retorno segunda, às oito em ponto.

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