Uma reflexão de domingo

“Ouvindo, ao longe, o teu magoado som, água corrente! eu me enterneço e tenho uma imensa vontade de ser bom…” Acordei tarde hoje. A matéria que entrou às 8h desse domingo e obteve 713 acessos diretos até agora, foi programada antes de eu ir para a cama, exausto por conta de um sábado inteiro de trabalho e de algumas horas de lazer à noite. O engraçado é que acordei com o soneto “Água corrente”, de Olegário Mariano, ecoando em minha alma. Não sei a razão disso, mas a última parte dessa obra, as linhas que abrem esse despretensioso texto, continua martelando aqui na minha cabeça e por isso quero compartilhar com vocês, convidando-os a uma reflexão, o poema escrito em 1917.

 

“Água corrente! Água de um rio quieto

Cortando a alma ignorada do sertão!

Levas à tona, aspecto por aspecto,

Os aspectos da vida em refração.

 

Água que passa… Sonho predileto

Do lavrador que lavra o duro chão.

Trazes-me sempre a evocação de um teto…

Água! Sangue da terra! Religião…

 

Há na tua bondade humana e leal,

Quando a roda maior moves do Engenho,

Qualquer bafejo sobrenatural…

 

Ouvindo, ao longe, o teu magoado som,

Água corrente! eu me enterneço e tenho

Uma imensa vontade de ser bom…”.

 

Um bom domingo a todos, fiquem na graça do Grande Pai e até amanhã, às 8h em ponto, se ele assim me permitir.

Comentários:

  1. Bom seria se as águar correntes lavassem todas as maldades do mundo e o ser humano, de modo geral, passasse a sentir essa imensa vontade de ser bom. Bom domingo, Elizeu.

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