Realidade começa a assustar os patos novos na lagoa da política

Gastos de verba parlamentar em empresas fantasmas, Queiroz e as denúncias de “rachadinhas” aconselham baixar a bola

O processo eleitoral de 2020 já começou internamente em vários partidos na Baixada Fluminense, com pré-candidaturas, alianças e escolhas de novas legendas para troca, mas aquela turma que vinha achando que bastava vestir-se de amarelo, fazer cara feia, cerrar os punhos e postar fotos nas redes sociais parece perdida…

Em Nova Iguaçu, por exemplo, o pré-candidato dos “senhores da moralidade” seria um médico, membro de uma família muito conhecida no poder público da região, mas isto aconteceria por qual partido, se o PSL – a legenda da “nova política” e da briga pelo fundo partidário – pode ser implodido a qualquer momento e nenhum outro se mostrou até agora interessado em abrir a recepção?

Antes de a família Bolsonaro iniciar a disputa pelo bolo financeiro do PSL tinha dezenas de patos novos fazendo as contas. “Vou ter tantos mil votos para vereador. É só raspar a cabeça, andar nas ruas fazendo cara de segurança de boate, gritar um monte contra a esquerda, falar do jeep, do cabo e do soldado, e pronto. Estou dentro”. Não é bem assim. Além da briga no PSL, tem um detalhe, senhores, o povo já começou a perceber e a não gostar do rumo da prosa, o que significa dizer que 2018 pode não ter segunda edição.

Depois da vitória de Jair Bolsonaro muitos passaram a achar que dominariam municípios, bastando para isso um discurso radical. A primeira experiência aconteceu na eleição suplementar de Iguaba Grande, na Região dos Lagos. Levaram um pau nas urnas. Depois começaram a brigar entre si mesmos. Pode ter sido a gota d’ água…

Aquilo que eles classificam como “nova política” não tem se mostrado diferente daquela que chamam de “velha”, mas isto eles não vêem, simplesmente porque não querem enxergar a verdade que está ai pedindo uma resposta para está pergunta: Quem precisa de adversário quando começa a morder a si próprio?

Quem entende do riscado diz que as operações robotizadas para destruir reputações não vão adiantar muita coisa em 2020, assim como a cara feia e o punho cerrado apertando o peito. Fazer arminha com a mão, quebrar placas também não.

Assim sendo, por que não baixam mesmo a bola e passem a falar a língua do bom senso, pregar o respeito às regras do jogo, buscar ganhar com a pelota rolando em vez de tentarem no grito e na marra, já que a seara é grande e espera ansiosa pelo plantio de ideias, e não de discursos de ódio, sejam de direita ou esquerda?

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