Ex-prefeito quer voltar ao poder em Mesquita, ainda que indiretamente

Gelsinho Guerreiro estaria trabalhando nos bastidores para eleger sucessor de Jorge Miranda

Apesar de estar com o filme queimado junto à população de Mesquita – município que abandonou logo depois de perder a eleição em 2016 –, o ex-prefeito Rogelson Sanches Fontoura, o Gelsinho Guerreiro (foto), está de volta. O motivo do retorno seria a incumbência de formar um grupo para tentar derrotar nas urnas o prefeito Jorge Miranda, que deverá disputar a reeleição pelo DEM. O projeto do político que deixou a Prefeitura endividada e servidores sem salários, seria a reeleição de vereadores de seu grupo e formar uma chapa majoritária com gente que reze por sua cartilha, isto se ele mesmo não resolver se lançar candidato a prefeito, mesmo com os impedimentos que o fizeram dar meia volta em 2018 ainda existindo.

Guerreiro sumiu da Prefeitura logo depois das eleições de 2016, passando a despachar em local desconhecido pelos que lhe buscavam para cobrar salários e faturas atrasadas. Os trabalhadores terceirizados chegaram a invadir a sede do governo e fizeram o enterro simbólico do político, que pagou – entre 2013 e 2016 – cerca de R$ 300 milhões para instituições fornecedoras de mão de obra, entre elas cooperativas como a  Multiprof, Captar Cooper,  Renacop e a Coopsege, a que mais dinheiro recebeu dos cofres públicos de Mesquita no último ano do mandato de Gelsinho.

Em novembro de 2016 trabalhadores terceirizados lotados na rede de Saúde foram para as ruas em protesto contra os salários atrasados. Chegaram a ocupar o gabinete do então prefeito, mas foi mera perda de tempo, pois Gelsinho não aparecia por lá há dias.

A manifestação aconteceu no dia 24 de novembro. Cerca de 400 funcionários contratados através da Cooperativa de Profissionais de Serviços Gerais (Coopsege), estatutários e comissionados fizeram o enterro simbólico do prefeito por não receberem seus vencimentos, mas o protesto de nada adiantou. Eles foram até a Prefeitura e lá deixaram um caixão com uma foto de Guerreiro dentro e várias velas em memória ao “falecido”.

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