Queimados: denúncia de ‘rachadinha’ pode terminar em ‘pizza’

Governo abre inquérito, mas fala de “fato hipotético” apesar de áudio revelar conversa de secretária com coordenador

O prefeito Carlos Vilela mandou abrir inquérito, mas governo fala em “fato hipotético”

Embora seja uma das vozes no áudio de uma conversa que envolve ela, o marido, o primeiro suplente de vereador pelo PSDB, Luis Claudio Sereno de Oliveira, o Taruga e o coordenador de articulação da Secretaria de Governo, Tubalcaim Machado Café, na qual este é cobrado para fazer uma transferência de dinheiro, a secretária de Desenvolvimento Econômico Angela Machado de Lima Oliveira continua no cargo. O prefeito Carlos Vilela determinou a abertura de um inquérito administrativo, mas ao que parece, bastou Taruga contar uma história diferente para que a denúncia de ‘rachadinha’ de salário passasse a ser vista com outros olhos pelo governo e já tem gente na própria Prefeitura apostando que a coisa pode terminar em “pizza” no âmbito da administração municipal.

Conforme já foi revelado, no áudio pode ser ouvido claramente a secretária cobrando de Tubalcaim a transferência de um dinheiro para Taruga, mas ao depor o suplente – mesmo com a gravação mostrando ele dizendo que o coordenador “vai ter que devolver tudo o que recebeu” – afirmou que o dinheiro cobrado não era de “rachadinha” e que a cobrança se devia um estúdio que teria sido construído por Tubalcaim, e depois destruído.

“Ou ele ou eu” – Entretanto, o coordenador que é mais conhecido na cidade como Tubal, se estende na gravação. Afirma que trabalhou na campanha de Taruga e que não tem de ficar “devolvendo dinheiro para Angela”. Ao ouvir isto Taruga responde que Tubal não trabalha,  que é “fantasma”.

No áudio aparecem ainda os nomes do deputado estadual Max Lemos e de seu irmão, o ex-secretário de Educação Lenine Lemos, pré-candidato a prefeito pelo PSDB. Taruga fala de forma clara que a vaga que Tubal ocupa foi dada a ele por Max e que iria procurar Lenine para resolver a questão, pedindo ao irmão do deputado que escolhesse entre ele e Tubalcaim, que afirmou à radio Band News ser o áudio é verdadeiro e que era obrigado a devolver parte do salário.

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