Moradora de Queimados, “assessora” de deputada bolsonarista afirma que trabalhava mesmo é como empregada doméstica

Alana diz que não, mas a “assessora” foi bem clara diante da Câmera do RJ-TV: “sou doméstica”

Eleita com discurso de moralidade e falando em nova política, bandeira dos bolsonaristas mais ferrenhos, a deputada estadual Alana Passos (PSL) tentou desmentir no plenário da Assembleia Legislativa que tem nomeada em seu gabinete uma pessoa que, na verdade, trabalha em sua casa como empregada doméstica. Ela usou o microfone para negar o fato noticiado na noite desta quinta-feira (25) pelo RJ-TV, programa jornalístico da Rede Globo de Televisão, mas Fabiana Cristiana da Silva, na mesma matéria, confirmou que é mesmo empregada doméstica e que só esteve na Alerj para assinar os papeis da nomeação. “Eu achei que ia trabalhar de carteira assinada”, disse ela.

Moradora do município de Queimados, base eleitoral da deputada, Fabiana foi nomeada no dia 2 de dezembro através do ato E/MD/Nº 6791/2019 para exercer o cargo em comissão de assessor parlamentar IX, símbolo CCDAL, no gabinete da deputada Alana Passos. Ele aparece com vencimento de pouco mais de R$ 2 mil e com direito ao auxílio educacional pago pela Casa.

A deputada alega que tinha um gabinete parlamentar em sua residência que a nomeada trabalhava nele, mas Fabiana foi bem clara diante da câmera do RJ-TV. “Sou doméstica”.

Onipresença –  No dia 13 de novembro de 2018, na matéria Um assessor onipresente, o elizeupires.com revelou que o marido de Alana Passos chegou a ter dois cargos comissionados simultâneos, um na Prefeitura de Nova Iguaçu e outro na Assembleia Legislativa, onde foi lotado no gabinete do então deputado Zaqueu Teixeira.

Através da Portaria 229/2017 Robson Ferreira de Souza foi nomeado para o cargo de assessor de iluminação da Secretaria de Infraestrutura de Nova Iguaçu, função pela qual foi pago até outubro de 2018, um vencimento bruto de R$ 2.545,90. Só que ele também foi nomeado em 2017 como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa pelo ato E/MD/Nº 462/2017, quando já tinha sido admitido na Prefeitura de Nova Iguaçu no dia 2 de janeiro de 2017.

Robson só foi exonerado da função na Assembleia Legislativa sete meses depois de ter sido nomeado em Nova Iguaçu. A exoneração ocorreu no dia 10 de agosto de 2017, porque o então deputado Zaqueu Teixeira ficou sabendo que ele tinha um cargo na Secretaria de Infraestrutura.

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