Críticas de Gilmar Mendes a militares no Ministério da Saúde repercutem na Câmara: oposição concorda com a fala do ministro do STF

Deputados que participam da sessão virtual do Plenário da Câmara comentaram as críticas feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes (foto) à presença de militares no Ministério da Saúde. No último fim de semana, Mendes afirmou que o Exército, ao ocupar cargos técnicos no ministério durante a pandemia de Covid-19, associa-se a um genocídio. Parlamentares da oposição concordaram com a fala de Mendes, enquanto deputados da base governista defenderam a atuação do governo federal no combate ao novo coronavírus.

O deputado Rogério Correia (PT-MG), vice-líder do partido, entrou com requerimento de convocação do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, para falar das ações do governo sobre a pandemia. “Nos aproximamos de um genocídio, é genocídio mesmo. O governo Bolsonaro enfrenta a pandemia de forma errada, causa genocídio e faz charlatanismo”, disse Correia.

“Esse governo tem práticas genocidas sim, por todas ações e induções ao óbito no Brasil”, afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder da Minoria. Segundo ela, o Brasil vive uma orfandade política, sanitária, econômica e solidária do governo.

Defesa do governo –  O deputado General Girão (PSL-RN) afirmou que é lamentável a oposição querer colocar a culpa dos óbitos da pandemia no presidente Bolsonaro. “O presidente e o ministro Paulo Guedes [Economia] conseguiram liberar quase R$ 14 bilhões para estados e municípios. É dinheiro colocado na ponta. É só para o coronavírus”, ressaltou.

Para o deputado Bibo Nunes (PSL-RS), falta à oposição uma compreensão mais clara do que seja genocídio. “Vocês deputados comunistas têm de saber o que é genocídio. [Josef] Stalin foi o maior genocida do mundo. É uma tragicomédia”, disse, em relação ao líder da ex-União Soviética.

A fala de Gilmar Mendes já havia sido criticada pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que cobrou pedido de desculpas.

(Com a Agência Câmara Notícias)

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