STJ tira governador do Rio do cargo, manda prender Pastor Everaldo e mais 16: operações acontecem em seis estados

Pastor Everaldo é apontado como o “homem que manda” no governo Witzel

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, determinou o afastamento do governador do Rio, Wilson Witzel, investigado por fraude nas contratações emergenciais feitas pela Secretaria Estadual de Saúde para o enfrentamento da pandemia causada pelo novo coronavírus.

No mesmo despacho foi decretada a prisão do presidente nacional do PSC, o pastor da Assembleia de Deus Everaldo Dias Pereira, e mais 16 investigados, entre eles o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, homem de confiança de Witzel e amigo do empresário Mário Peixoto, preso desde o dia 14 de maio. Desde as 6h desta sexta-feira (28) agentes estão nas ruas para cumprirem 17 mandados de prisão e 72 de busca e apreensão em seis estados.

Em seu despacho Benedito Gonçalves, relator da Operação Placebo,  aponta que o governador do Rio “se cercou de péssimas companhias”. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, dos 17 mandados de prisão  seis preventivas e 11 temporárias. As operações ocorrem no Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, além de um endereço no Uruguai, onde estaria um investigado.

Em nota oficial a PGR  diz que “a partir da eleição de Wilson Witzel, estruturou-se no âmbito do governo estadual uma organização criminosa, dividida em três grupos, que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos”. A nota diz ainda que “liderados por empresários, esses grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais – a exemplo da Secretaria de Saúde – para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas”.

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