Uma sexta-feira de azar para o governador do Rio: além do afastamento o STF revoga liminar e mantém o rito do impeachment na Alerj

Depois de ter sido surpreendido na manhã de hoje (28) com uma grande operação da Polícia Federal e pela notificação de seu afastamento do cargo por 180 dias decidido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (foto) sofreu uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF), onde havia conseguido uma liminar para suspender o processo de impeachment aberto contra ele pela Assembleia Legislativa. Na parte da tarde o ministro Alexandre de Moraes autorizou a retomada da tramitação e a tendência, de acordo com vários parlamentares já ouvidos sobre o assunto, é de que Witzel seja afastado também pela Alerj.

De acordo com o despacho do ministro Alexandre Moraes, não houve irregularidade na forma da CPI. “Não me parece que o Ato do Presidente da Assembleia Legislativa tenha desrespeitado o texto constitucional ou mesmo a legislação federal, pois refletiu o consenso da Casa Parlamentar ao determinar que cada um dos partidos políticos, por meio de sua respectiva liderança, indicasse um representante, garantindo ampla participação da ‘maioria’ e da ‘minoria’ na Comissão Especial”, diz o ministro em sua decisão.

O governador do Rio está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e também pela Alerj por conta de fraudes nos contratos emergenciais firmados pela Secretaria Estadual de Saúde para o enfrentamento da covid-19, e a situação dele se agravou bastante com a prisão do ex-secretário Edmar Santos, que acabou fazendo um acordo de delação premiada com o MPF.

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