2020, um ano de derrotas para Max Lemos: mandato cassado e perdas em Queimados e massacre em Nova Iguaçu

 “Se arrependimento matasse, fulano já estaria morto”. É isso que lideranças políticas da Baixada Fluminense estão pensando em relação ao deputado estadual Max Lemos (foto), que está a um passo de ser ex. Primeiro ele peitou o comando estadual do MDB para ser o candidato a prefeito da legenda em Nova Iguaçu. Não conseguiu, e resolveu se rebelar deixando o partido e ingressando no PSDB para poder concorrer. O troco veio logo: o partido foi à Justiça, que decretou a perda do mandato por infidelidade partidária, com ele se mantendo na cadeira por conta de recurso no TRE Fluminense. No último domingo vieram mais duas derrotas: Max foi detonado nas urnas pelo prefeito Rogério Lisboa e seu irmão Lenine ficou em terceiro lugar na corrida pela Prefeitura de Queimados.

O processo de infidelidade partidária foi julgado no dia 15 de julho deste ano e dez dias depois Max conseguiu que o desembargador Cláudio Brandão de Oliveira, do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, acatasse recurso impetrado por ele contra o afastamento imediato, o que foi visto pela defesa de Max como uma importante vitória, pois, aposta, o processo só deverá ser analisado em plenário no segundo semestre de 2021. Aí ele ganha tempo, mas até quando?

As pesquisas de intenção de votos nunca apontaram chances de haver um segundo em Nova Iguaçu, mas Max dizia a seus candidatos a vereador que era o cara e que caminhava para a vitória. Na hora do vamos ver as urnas confirmaram o que as pesquisas apontavam: Rogério Lisboa reeleito com 218.396 votos (62,10%) e Max ficou em segundo lugar, mas bem distante, somando 48.740 votos (13,86%).

Se os números foram humilhantes em Nova Iguaçu, o resultado de Queimados deve ter doido muito mais, porque o grupo de Max perdeu para um candidato inexpressível, politicamente falando, o pastor Glauco Kaizer, eleito pelos evangélicos que votaram em massa, conferindo a ele 28,83% dos votos apurados, ou seja, a minoria escolheu pela maioria, que ficou dividida entre Zaqueu Teixeira (PSD), Lenine Lemos (PSDB), Major Rodrigues (PTB), Machado Laz (DEM), Celena Santos (PSOL), Ribamar Dadinho (PT), Doutor Marcelo (PMN) e Major Elias José (PROS).

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