Campanha de Crivella adota fake news do “kit gay” para atingir adversário e Justiça manda apreender o material impresso

A mentira do kit gay muito usada nos meios evangélicos durante a campanha para presidente da República em 2018, voltou a ser objeto de material com informação falsa, dessa vez na disputa pela Prefeitura do Rio. Mal nas pesquisas de intenção de voto, nas quais aparece levando uma “surra” do candidato do DEM, Eduardo Paes, o prefeito Marcelo Crivella (foto) foi alvo de uma representação do corpo jurídico da campanha de Paes, que acabou resultando em mandado de busca e apreensão emitido pela juíza Luciana Mocco Moreira Lima, da 4ª Zona Eleitoral.

No material com o cabeçalho “Eduardo Paes e seus amigos defendem”, a campanha de Crivella imputa a Paes supostas pautas como legalização do aborto, liberação das drogas e distribuição do kit gay nas escolas.

Os ataques de Crivella a Paes foram intensificados nos últimos com o prefeito-bispo chegando a perder a linha em alguns momentos, inclusive usando o termo “viado”, uma expressão homofóbica, que tem gerado, inclusive, ações judiciais.

53% a 28% – A  equipe de campanha de Paes está ainda mais atenta aos ataques do prefeito que a cada dia se mostra mais desesperado. Apesar do apoio declarado do presidente Jair Bolsoraro, ele está há 25 pontos percentuais de distância do candidato do DEM.

Segundo pesquisa de intenção de votos divulgada hoje (25) pelo Ibope, Eduardo tem 53% e Crivella aparece com 28%. Nos votos válidos a diferença de um para outro sobe para 30 pontos, 65% para Eduardo Paes e 35% para Crivella.

Registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo RJ-02253/2020, a pesquisa foi feita entre os dias 23 e 25, com o Ibope ouvindo 1.001 pessoas. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

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