Câmara mantém a prisão do deputado Daniel Silveira, que na tentativa de se livrar da cana pediu desculpas pelos ataques

Elizeu Pires

“É preciso traçar uma linha entre a crítica contundente e a crítica democrática”. A frase está no voto da relatora do processo que discutiu na noite desta sexta-feira (19), a manutenção ou não da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), decretada pelo Supremo Tribunal Federal. O relatório da Magda Mofatto (PL-GO), foi acatado por 363 parlamentares, que votaram pela permanência de Silveira na prisão, com um resultado de 364 votos contra Daniel, 130 a favor e três abstenções.

“A sessão de hoje não deixou nenhum deputado em clima de felicidade. É muito sacrificante para todos. Todos sabem o que significa para a Câmara o dia de hoje. Esse caso foi extremamente lateral, fora da curva e não vai se repetir”, disse o presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), que  anunciou a criação de uma comissão de deputados para regulamentar o artigo da Constituição que prevê as hipóteses em que um parlamentar pode ser preso.

Em seu relatório a deputada Magda Mofatto acabou fazendo um discurso pela democracia. “Temos entre nós um deputado que vive de atacar a democracia e as instituições e transformou o exercício de seu mandato em uma plataforma de propagação do discurso do ódio, de ataques a minorias, de defesas de golpes de Estado e de incitação à violência contra autoridades públicas”, afirmou ela, destacando que “é preciso traçar uma linha e deixar claro a diferença entre a crítica contundente e o verdadeiro ataque às instituições democráticas”.

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