Se Claudio Castro não concorrer em 2022 lideranças locais apontam Waguinho como opção, para o desespero de Washington Reis, que mira o governo do estado, mas não conta com a simpatia dos demais líderes da região
Elizeu Pires
A Baixada Fluminense nunca esteve tão em alta como agora, e não pelo fato de Claudio Castro ser o primeiro governador da história do Rio de Janeiro a passar uma semana inteira visitando a região e liberando recursos para os municípios. O reconhecimento é o da força política da Baixada, que está caminhando para impor o ritmo das eleições de 2022, apresentando um nome para encabeçar uma chapa majoritária, outro para vice – caso Castro se cacife para concorrer ao cargo que ora ocupa interinamente – e um terceiro para o Senado.
As lideranças políticas da região que tem quase quatro milhões de habitantes e cerca de 2,2 milhões de eleitores, pensam hoje no nome do prefeito de Nova Iguaçu para concorrer a vice-governador numa possível chapa encabeçada por Claudio Castro. Porém, para o desespero do prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, os mesmos líderes querem apresentar Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, como cabeça de chapa numa eventual jogada de toalha de Castro.
Primeiro prefeito reeleito da história de Belford Roxo, Waguinho teve 80,40% dos votos apurados, enquanto Washington – que achou que arrebentaria nas urnas – chegou a 52,55%, sendo o menos votado entre os governantes das quatro maiores cidades da região, que quer apresentar para o Senado o hoje deputado federal Luiz Antonio Teixeira Junior, o que também contraria o prefeito de Duque de Caxias, que se vitorioso em sua cidade, passou vergonha nos municípios onde se intrometeu.
Bem recebido nos cinco dias que passou na Baixada, o governador Claudio Castro tem a simpatia de todos os prefeitos da região, que registrou nas eleições de 2020 1.961,805 presenças nas urnas. Se topar o desafio de concorrer, Cláudio terá o apoio e um vice local. Do contrário, a Baixada deverá de cabeça numa disputa majoritária.
