A partir das eleições de 2024 a Câmara passará a terá entre 21 e 23 cadeiras e o município contará com pelo menos R$ 540 milhões para obras até lá
Elizeu Pires
Com cerca de um milhão de habitantes, Nova Iguaçu é a segunda maior cidade da Baixada Fluminense e em 2020 elegeu apenas 11 vereadores, por conta de uma tática nada inteligente de redução de cadeiras que começou com o corte de 29 para 21, de 21 para 17 e depois para o número atual, restringindo a representatividade. Para as eleições de 2024 o número de parlamentares deverá ser de 21 ou 23, o que ampliará as chances de reeleição dos atuais membros da Casa, mas o impulso maior está nas realizações que hão de vir. O prefeito Rogério Lisboa (PP) é o único governante da região que já está com projetos prontos para fazer uso do dinheiro que a privatização da Cedae vai garantir ao município. Serão pelo menos R$ 340 milhões, recursos que deverão começar a cair na conta da Prefeitura no máximo até julho.
Além do dinheiro da venda da Cedae pelo governo estadual, o prefeito está apostando na entrada de mais uns R$ 200 milhões, também do estado. Com recursos a dar com o pau, a proposta de Rogério Lisboa é transformar o município num imenso canteiro de obras. Tanto é assim que ele revelou ao elizeupires.com que não deverá deixar o governo para disputar as eleições de 2022. “Vou ficar para realizar as obras já planejadas”, afirmou ele.
Apesar de não terem nenhuma função de executar, os vereadores podem e devem indicar melhorias para as suas comunidades, cabendo ao Poder Executivo acatar ou não a indicação, que não tem caráter impositivo. É ai que mora a chance de os parlamentares afinados com o governo conseguirem levar obras a seus bairros, o que acaba resultando em votos.