Elizeu Pires
“Coisa de extremista”. Assim está sendo classificado um projeto de lei apresentado pelo deputado Anderson Moraes, o Anderson da Margareth (PSL), que quer acabar com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Agora representante da direita na Assembleia Legislativa, Moraes já foi membro do Partido Comunista do Brasil.
Em 2016 ele concorreu a vereador em Nova Iguaçu pelo PC do B. Usou o número 65067 numa aliança com o PPS, nominada de “Unidos Pela Mudança” e somou 2.184 votos, mas hoje propõe extinguir uma universidade por razões ideológicas. Anderson justifica sua intenção alegando haver na UERJ “nítido aparelhamento ideológico com viés socialista”.
Para alguns parlamentares Anderson estaria apenas jogando para uma plateia de radicais, uma vez que não haveria a menor possibilidade de um projeto de lei como esse ser aprovado. O próprio presidente da Alerj, André Ceciliano, já avisou que enquanto estiver no comando da Casa a proposta de Moraes será levada ao plenário. “Isso é inconstitucional. É atribuição do Poder Executivo”, disse André.