A cargo da Polícia Federal, as investigações sobre o esquema de compra de votos que teria sido montado nas eleições de 2020 pelo deputado estadual Giovani Leite de Abreu, o Ratinho, e o filho dele, o vereador Giovani Leite de Abreu Junior, o Ratinho Junior, ambos do PROS, estão bem adiantas. Várias pessoas já foram ouvidas e uma decisão judicial só não aconteceu ainda porque os procedimentos não foram desmembrados, o que deveria ter ocorrido por conta do foro diferenciado de Ratinho pai, por esse ser deputado.
Pelo que foi denunciado, pai e filho teriam gastos R$ 500 mil para comprar cinco mil votos na campanha do ano passado, quando o deputado, que concorreu a prefeito e ficou em quinto lugar, com 27.276 votos, enquanto Ratinho Junior somou 2.562.
Segundo um ex-colaborador dos políticos, eram cerca de 180 colaboradores e cada um tinha que conseguir 30 pessoas para comprar o voto. O ex-colaborador relatou que teria sido comprado em média cinco mil votos a R$ 100. “Era obrigatório fazer o voto casado. Ou seja, votar no filho para vereador e no pai para prefeito. Foi gasto em média R$ 500 mil só com compra de votos”, revelou à TV Globo o então colaborador da campanha.
Ainda de acordo com a denúncia, teriam sido exigidas listas com os dados dos eleitores que se comprometiam a vender o voto, e cada eleitor que aceitasse participar do esquema era obrigado a passar o nome completo, endereço, título eleitoral, zona e seção de votação.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.
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