Eleição em Silva Jardim: Ex-prefeito dos escândalos e denúncias de corrupção e seu homem de confiança apoiam candidato do PSD

● Elizeu Pires

Anderson é apontado na cidade como influente no governo interino de Fabrício

No dia 5 de janeiro deste ano, na matéria Silva Jardim: lideranças locais temem que ex-prefeito dos escândalos e denúncias de corrupção possa vir a ter influência no governo interino recém-iniciado, o elizeupires.com informou que, prometendo mudanças, seriedade e transparência com a coisa pública um grupo de quatro vereadores eleitos pelo PL e dois do PSD fechou questão em torno da eleição pelo controle da Câmara Municipal e, consequentemente, do governo municipal.

Foi o que aconteceu. Fabrício Azevedo Lima Campos (PSD) ganhou a eleição para presidente do Legislativo e assumiu a Prefeitura interinamente. Imediatamente passou a circular nos corredores do poder local que o ex-prefeito Anderson Alexandre, hoje deputado estadual, teria atuado nos bastidores para fortalecer a ideia da união que levou o estreante na vida pública Fabrício de Napinho ao governo, para participar, ainda que indiretamente, da administração.

O que era só disse-me-disse foi constatado mais na frente. Fabrício manteve no governo nomes ligados a Anderson e o próprio ex-prefeito embarcou na campanha de Fabrício, que concorre na eleição suplementar marcada para amanhã (12). Além de Anderson há outro nome muito questionado operando na campanha, o ex-vereador Flavio Brito. Flávio de Dezinho, apontado como “braço direito” de Anderson, foi citado em um esquema de compra de votos desmontado em 2012. Ele está inelegível, mas tem sido visto com frequência atuando como uma espécie de coordenador de campanha.

Prisão – Anderson Alexandre foi eleito prefeito em 2012 e reeleito em 2016. Em março de 2018 ele renunciou o cargo para concorrer a um mandato de deputado estadual. Foi eleito e preso um mês após a eleição, acusado pelo Ministério Público de supostamente chefiar um esquema de fraude em licitação, mas manteve a influencia política no município. O medo agora é de o deputado exerça ainda mais influencia na Prefeitura se Fabrício for eleito neste domingo.

No dia 30 de novembro de 2018 Anderson foi preso sob a acusação de liderar um esquema de fraude em licitação na Prefeitura. Depois foi expedido contra ele mais um mandato de prisão em processo por fraude eleitoral, que também levou à prisão a vereadora Marcilene Xavier, uma assessora da Câmara de Vereadores e outra da Prefeitura.

O ex-prefeito foi preso no âmbito de um inquérito aberto pelo Ministério Público para apurar denúncias de fraude na contratação de uma empresa para fazer a manutenção do sistema de iluminação pública da cidade. Com Anderson também foi preso o ex-presidente da Câmara de Vereadores Roni Luiz Pereira da Silva; Cláudio Renato Rocha da Silva, que ocupava a função de assessor-chefe do gabinete de Anderson e Jorge Luiz Araújo, membro da equipe de apoio e substituto eventual do pregoeiro na Comissão Permanente de Licitação.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.

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