Na marra não, prefeito

● Elizeu Pires

Alguém precisa lembrar ao prefeito de Miguel Pereira, pequena cidade do centro-sul do estado Rio de Janeiro, André Pinto de Afonseca, o André Português (foto), que ele é chefe de um poder só, o Executivo. Dizer a ele que o Legislativo é outra praia, um poder independente, no qual quem dá as cartas são os representantes eleitos para comporem a Casa.

O aviso se faz necessário porque Português resolveu interferir na eleição da composição da mesa diretora da Câmara Municipal para o biênio 2023-24 – antecipada para hoje (16) –, no esforço de manter um parceiro seu no comando da Casa.

Como as exonerações de ocupantes de cargos comissionados na Prefeitura indicados por parlamentares não serviram para pressioná-los a votar pela permanência de Eduardo Paulo Corrêa, o Domi, André resolveu radicalizar. Fechou o prédio da sede do Governo – no qual há o anexo onde a Câmara funciona –, o que impediu que os membros da Casa se reunissem nesta quinta-feira para a escolha de um novo presidente, usando para isso o argumento de que precisava fazer uma sanitização por conta da pandemia de covid-19.

*O espaço está aberto para manifestação do prefeito de Miguel Pereira.

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