Itatiaia: Após perder de 7 a 0 no TSE, ex-prefeito teria virado chacota entre seus próprios ‘aliados’ políticos

● Elizeu Pires

Dudu perdeu de 7 a 0 e seus recursos são vistos na cidade como manobra para esticar governo interino de aliado

Por 7 votos a zero o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou na sexta-feira passada (7) os embargos de declaração impetrados pelo ex-prefeito de Itatiaia Eduardo Guedes almejando reverter a impugnação da chapa majoritária da coligação Pra Fazer Ainda Mais, composta por ele e pelo ex-vice Sebastião Mantovani, o Jabá. A impugnação aconteceu em novembro do ano passado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), e confirmada no mês seguinte pelo TSE, por causa do indeferimento do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) em virtude da convenção fraudulenta do PSL em setembro do ano passado, quando a sigla definiu a escolha de Jabá para compor a coligação majoritária com o PSC de Dudu.


Nos bastidores, Dudu teria virado motivo de chacota entre políticos considerados aliados, pelo menos até um passado recente. Garantem os conhecedores dos bastidores da política de Itatiaia que os vereadores Tim Campos, Vander Leite e Dudu Pereira estão entre os mais entusiasmados com a derrocada de Guedes. Isso porque o ex-prefeito teria dado como certa uma virada de mesa no TSE e no STF para recuperar seu objeto de desejo, a caneta de ouro de Itatiaia. No caso do processo do DRAP, a empreitada do moço era empurrar goela abaixo do TSE a divisão da chapa a fim de se desvencilhar da fraude do PSL de Jabá, que acabou confessando as irregularidades no início deste ano em um acordo com o MP – a convenção do PSL foi marcada por assinaturas no livro de presenças de filiados que não compareceram à convenção e, inclusive, a falsificação da assinatura de uma filiada já falecida.

Lewandowski enganado –  A impugnação do DRAP foi omitida por Dudu em outra ação, no Supremo Tribunal Federal (STF) onde o ex-prefeito tentou uma  ‘liminar milagrosa’ para exercer um terceiro mandato consecutivo, o que é vedado pela Constituição.

Relator do processo, o ministro Ricardo Lewandowski, possivelmente foi induzido ao erro ao não ser informado sobre o indeferimento do DRAP e ainda parece ter acreditado que Dudu assumiu a prefeitura de forma precária no dia 9 de agosto de 2016, quando, na verdade, a data se refere ao dia em que o político se candidatou e foi eleito presidente da Câmara, entrando oficialmente na primeira posição da linha sucessória do ex-prefeito Luiz Carlos Ferreira Bastos, o Ypê, cassado em julho daquele ano.

Ao que tudo indica, as mentiras de Dudu acabaram surtindo algum efeito, já que o magistrado acabou suspendendo a eleição suplementar então marcada para o último dia 11 de setembro, embora não tenha autorizado o retorno de Dudu.

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