Proposta que reduziria para 17 o número de vereadores é adiada mais uma vez

Atualmente com 29 integrantes, a Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu aprovou em 2013 a redução do número de cadeiras para 21, mudança que passa a valer a partir das eleições deste ano. Entretanto, uma nova proposta foi apresentada pelo vereador Marcelo Fernandes Loureiro, o Marcelinho Amigo das Crianças, visando o corte de mais quatro, fixando a composição da Casa em 17 membros, mas isto está sendo visto como mera encenação. Para virar lei o projeto de lei tem de ser aprovado em duas sessões antes da realização das convenções partidárias, que serão realizadas entre 20 de julho e 5 de agosto e é aí que mora o perigo.

A proposta já passou pela primeira apreciação no plenário e obteve 22 votos, mas a segunda votação – que deveria ter ocorrido na última terça-feira – poderá não ocorrer tão cedo, pois até os que haviam votado pela aprovação antes agora estão recuando e pediram que o projeto fosse retirado de pauta.

O recuo se dá por que a maioria dos atuais 29 parlamentares pretende disputar a reeleição e com a mudança serão 12 cadeiras a menos, deixando muito deles fora do páreo e nenhum deles quer abrir mão de um possível novo mandato. Pelas contas dos parlamentares, com apenas 17 vagas seriam necessários o mínimo de 4,5 votos para um vereador ser eleito, condição que os fizeram pensar melhor, optando por ficarem com a redução de apenas oito vagas. “Vamos segurar isso ao máximo para que a mudança só passe a valer a partir da eleição de 2020”, diz um deles.

Os que agora são contra alegam que a mudança afetaria os interesses da população, argumento que causou risos em quem o ouviu. “Desde quando a população seria contra essa redução? Para a sociedade quanto menos vereador melhor”, diz a estudante Juliana Barbosa.