Na reta final pressão sobre servidores aumenta em Guapimirim

Funcionários contratados reclamam que na gestão do prefeito Marcos Aurélio não tem dinheiro para pagar os salários, mas estaria sobrando recursos para a campanha eleitoral

Servidores revelam que precisam marcar ponto na campanha

Embora os órgãos públicos municipais de Guapimirim estejam fechados desde a última quarta-feira, servidores contratados, nomeados em cargos comissionados e ocupantes de funções de comando na rede municipal de ensino estariam sendo obrigados a marcar presença nos eventos de campanha dos candidatos a prefeito e vereador apoiados pelo governo. Os contratados reclamam que tem de chegar às caminhadas e se apresentarem aos chefes dos setores nos quais estão lotados, sob pena de perder o emprego ou terem o salário suspenso. “Nós ainda não recebemos o pagamento de agosto e a previsão é de que só vamos receber lá pelo dia 20. Dinheiro para a campanha da candidata do governo tem, mas para nos pagar não”, afirmou agora a pouco uma funcionária contratada, revoltada com a situação.

Desde julho que servidores vêm denunciando pressões para apoiar candidatos oficiais, inclusive durante reuniões de trabalho da Secretaria de Educação. Funcionários citam, por exemplo, que antes das convenções partidárias aconteciam reuniões planejadas em residências, café da manhã, encontros nos quais eram traçadas metas a serem cumpridas, que estariam sendo cobradas agora. 

Profissionais de ensino chegaram a registrar as reuniões em áudio e vídeo para sustentarem as denúncias junto às autoridades, já que reclamar com o prefeito Marcos Aurélio Dias nunca adiantou. “Quem manda no município hoje é o secretário Rui Aguiar (Educação e outras pastas) e o Marlom (Vivas), mesmo fora do governo por ser candidato a vice-prefeito”, sustentam servidores. 

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