Trezoitão engasgado: Apesar de a Justiça Eleitoral ter estendido o prazo para coleta de assinaturas, Aliança pelo Brasil foi para o vinagre

● Elizeu Pires

O presidente Jair Bolsonaro e seus aliados fervorosos não terão mais um partido próprio para se abrigarem. Apesar de o prazo para arrecadar assinaturas ter sido ampliado em mais quatro meses, o Aliança pelo Brasil, legenda 38, ficou apenas na vontade dos bolsonaristas, que não conseguiram chegar a 40% das 492 mil assinaturas exigidas por lei. Se quiserem mesmo um partido para chamarem de seu, os bolsonaristas terão de começar do zero.

O fracasso começou a ser desenhado desde o início, em novembro de 2019, realidade que só os aliados do presidente pareciam não enxergar. Ao todo, apesar da intensa campanha pela captação de apoio, foram validadas apenas 183 mil assinaturas.

Pedra fundamental” – Em novembro de 2019 o presidente e seus mais chegados se reuniram num hotel em Brasília para lançar a “pedra fundamental do partido, e escolheram o número 38 como número de legenda, apresentando uma logomarca desenhada com cápsulas do calibre de uma das armas mais vendidas no Brasil.

A ideia era construir uma casa própria para os deputados eleitos pelo extinto PSL, esvaziando a legenda comandada por Luciano Bivar, hoje comandante supremo do União Brasil, resultado da fusão do PSL com o DEM.

Tendo como bandeira o fundamentalismo evangélico, a defesa do porte de armas e do golpe de 1964 que resultou na ditadura militar, o Aliança pelo Brasil, segundo seus idealizadores, ficaria formado em cinco meses e participaria das eleições municipais de 2020. Sem apoio, a proposta foi para o vinagre e o 38 dos bolsonaristas engasgou.

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