Aliados de Claudio Castro usam ficha de Washington Reis contra possível formação de chapa com o ex-prefeito de Caxias

● Elizeu Pires

Washington Reis que ser candidato a governado na chapa encabeçada por Claudio Castro

Condenado a sete anos e dois meses de prisão em regime semiaberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em processo no qual foi denunciado por prática de crime ambiental, o ex-prefeito Washington Reis tem mais uma ação criminal a lhe tirar o sono e a reduzir as possibilidades de uma candidatura este ano. Trata-se de denúncia ajuizada contra ele e outros acusados na 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias, ação que teria começado a andar mais rápido com a prisão, em abril, de Josemar Francisco, tabelião do Cartório do 5º Ofício de Nova Iguaçu, ocorrida durante operação do Ministério Público no âmbito de processo semelhante.

Josemar é réu junto com o ex-prefeito e Elói de Oliveira Pinto no processo 0000745-14.2020.8.19.0021, no qual foi denunciado em janeiro de 2020 pela 11ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 3ª Central de Inquéritos, por suposto envolvimento as fraudes para “elaboração de escrituras imobiliárias fraudulentas com o objetivo de obter a transferência e registro imobiliários de lotes rurais pertencentes a outras pessoas”, o que pode ser conferido aqui.

Briga para ser vice – Conforme já foi revelado pelo elizeupires.com, o ex-prefeito – que comanda o MDB no estado do Rio de Janeiro – está se oferecendo para ser o companheiro de chapa do governador Claudio Castro. Ocorre que nos ambientes do Palácio Guanabara a rejeição ao nome de Washington Reis se espalhou bastante nos últimos dias, por conta das pendências jurídicas do ex-prefeito, que também tem contra si condenações por improbidade administrativa.

Em um desses processos Washington Reis de improbidade, no dia 25 de setembro de 2020, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, indeferiu pedido de liminar ajuizado por ele contra uma condenação em ação julgada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Nesse processo o hoje ex-prefeito foi responsabilizado por irregularidade na construção de uma praça, através de um contrato firmado em 2008, logo após a eleição perdida por ele para o ex-prefeito José Camilo dos Santos, o Zito.

Nesse processo movido pelo Ministério Público consta que o prazo para realização da obra que era de 180 dias, foi “alterado deforma manuscrita, por ressalva no instrumento, que foi reduzido para 60 dias” e foram feitos pagamentos “com base em medições falsas, que atestaram obras não executadas”. Nessa ação Reis foi condenado a perda das funções públicas e ao ressarcimento dos danos materiais e morais coletivos.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.

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