● Elizeu Pires
No olho do furacão do escândalo da Fundação Cerperj, o deputado estadual Rodrigo Bacelar (PL), era chamado nos municípios do Norte Fluminense de “o homem que manda mais que o governador”, mas parece que o “Rei” do Interior” está descendo a ladeira – e da pior forma – sem freio. Até os vereadores que o idolatravam começam a debandar, segundo revelou ao elizeupires.com uma liderança de Campos dos Goitacazes, cidade que Bacellar sonha em governar o dia, se a família Garotinho deixar.
Líder do governo na Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar começou a perder a pose logo no início da série de reportagens do jornalista Rubem Berta no portal UOL. Conceituadíssimo no mercado, Berta passou a ser atacado um blog de Campos que recebeu verba de publicidade do governo do estado. Sem ter o que falar do jornalista, o autor dos ataques acabou dando um tiro no pé, e acabou deixando ar a suspeita de estaria a serviço do deputado, que não tem como contestar as informações divulgadas por Berta teria encomendado a tentativa de desqualificação do premiado profissional.
Conforme já foi revelado, o MP está investigando – além de irregularidades na contratação de pessoal via Ceperj – as nomeações secretas, pagamentos na boca do caixa e a suspeita de “rachadinha”. Só em uma agência bancária de Campos foram feitas retiradas que passam de R$ 12 milhões.
Pelo que se sabe até agora, vereadores da cidade tinham assessores recebendo pelo Ceper, e uma cunhada do deputado fez dois saques no total de R$ 22 mil. O que se comenta nos ambientes políticos locais é que Bacellar perdeu a gordura que tinha para alimentar sua campanha pela reeleição, por conta da debandada de cabos eleitorais.
Apesar da pose de grande força política, Bacellar foi eleito em 2018 com apenas 26.135 votos, somente 13.265 em Campos, uma ninharia, considerado que o município ele pensa ser dele tem mais de 370 mil eleitores.
Matéria relacionada:
Pente fino nas contratações do Ceperj causa insônia em deputados