Prefeito bolsonarista impõe ditadura em Itaboraí, reclamam por lá

Denúncias são de perseguição a empresários que não apóiam candidatura de irmão do governante

● Elizeu Pires

Alguém precisa avisar ao prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli (foto), que no Brasil prevalece o estado democrático e de direito, e que a lei é o limite das vontades dele. É que administração municipal vem sendo acusado de perseguir empresários, dificultando a emissão de documentos como alvará de funcionamento, para, segundo alguns deles reclamam, “enquadrar” quem não reza pela cartilha de Delalori.

Segundo protestos veiculados via redes sociais, quem não declara apoio ao policial militar Guilherme Landre Delaroli – candidato a deputado estadual pelo PL – está sendo marcado em cima pela fiscalização da Prefeitura. Recentemente um posto de gasolina foi fechado porque a Prefeitura travou a renovação das licenças necessárias.

Isso gerou revolta na cidade, que ainda não esqueceu um ato de intolerância religiosa custeado com dinheiro público. Isso ocorreu no dia 19 de maio com a participação do pastor evangélico Felipe Valadão nas comemorações do 189º aniversário do município.

O prefeito que também é evangélico gastou cerca de R$ 1 milhão na contratação de atrações artísticas, entre elas a “pregação-show” de Valadão, que um espetáculo de intolerância religiosa. O pastor-artista atacou de forma indireta os adeptos de religiões de matriz africana. “Avisa aí ó a esses endemoniados de Itaboraí que o tempo da bagunça espiritual acabou. Pode matar galinha, pode fazer farofa, pode fazer o que você quiser. Ainda digo mais, prepara ver muito centro de Umbanda sendo fechado na cidade”, gritou o pastor, aproveitando para dar uma puxadinha no prefeito: “Aquele espírito maligno de roubalheira na política acabou”.

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