
Se permanecer unido, grupo do prefeito de Magé poderá se fortalecer ainda mais
Mais que garantir um mandato de prefeito, os 81.601 votos conferidos a Rafael Santos de Souza, o Rafael Tubarão (foto), foram um recado direto às lideranças políticas de Magé. Disseram em alto e bom som que surgiu um novo grupo e se este se mantiver unido e comprometido com os interesses da população, não terá para mais ninguém daqui para frente. Recado dado – embora a vitória esmagadora do candidato do PPS sobre o clã que mandou na cidade por cerca de 30 anos e outros nomes de menor peso continue entalada nas gargantas dos adversários -, já há quem esteja pensando em 2018 e tentando arrumar um jeito de desmontar o grupo liderado por Rafael para tornar a disputa futura pelo menos um pouco menos difícil. É aí que o bom senso tem de prevalecer sobre as vaidades pessoais e os que se acham sem ser, para que a união se sustente e o time continue forte.
Hoje pelo menos dois nomes do grupo estão no bolso do colete do prefeito para as eleições de 2018. O suplente de deputado federal em exercício de mandato José Augusto Nalin é um deles e no páreo para uma possível candidatura a deputado estadual está o vice-prefeito Vandro Lopes Gonçalves, o Vandro Família, peça fundamental na campanha de 2016, principalmente na região que o clã derrotado tratava como extensão de seu quintal. Porém, como Magé tem voto suficiente para isso, há espaço no time para mais um nome disposto a representar o município na Assembleia Legislativa, escolha que vai depender muito da união do grupo.
Ainda tontos com a pancada que levaram nas urnas em outubro do ano passado, o deputado estadual Renato Cozzolino Harb e o suplente Ricardo Correa de Barros, o Ricardo da Karol, ainda não deram às caras nas rodas políticas e há quem diga que o primeiro nem estaria querendo mais saber do assunto, mas como os membros de sua família que tiveram mandatos são muito previsíveis, apesar das dificuldades em que se encontram, poderão sim voltar a forçar a barra em cima dele em 2018, assim como fizeram no ano passando, se posicionando como se considerassem a última bolacha do pacote. Quanto a Ricardo, este sempre foi fraco em termos de votos, mas não foge da disputa e poderá vir a tentar um mandato, desde que fora do PMDB, partido que já cumpriu o compromisso que tinha com ele.